Devido à Lei da Ficha Limpa, a eleição para prefeito segue indefinida em quatro cidades da região.
Nesses municípios, um dos candidatos foi barrado pela Justiça Eleitoral com base na nova norma, e só conseguiu disputar o pleito porque tem recursos judiciais pendentes de julgamento. Mesmo assim, seus votos não foram computados, o que, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), só deve ocorrer hoje à tarde.
Em Guapiaçu, Pindorama, Severínia e General Salgado, os votos nulos (que inclui aqueles não computados aos considerados fichas sujas) supera a votação dos adversários, o que pode mudar a contagem final dos votos. A candidata à reeleição em Guapiaçu, Maria Ivanete Vetorasso (PSDB), teve a candidatura impugnada com base na Lei da Ficha Limpa porque ela teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Seu rival, Carlos César Zaitune (PMDB), teve 5.316 votos, contra outros 6.787 considerados nulos – boa parte deve ser computada para a tucana.
Em General Salgado, a diferença é ainda maior: foram 4.749 votos nulos, contra apenas 1.886 para Ramiro Murilo de Souza (PR). Isso porque David José Martins Rodrigues (DEM) teve a candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) porque teve contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCE) no período em que foi prefeito.
Em Severínia, Edwanil de Oliveira (PSDC) teve 3.160 votos, contra 3.710 nulos.
Assim, em tese, o candidato impugnado Isidro Camacho (PSDB) por também ter contas rejeitadas pelo TCE pode ter ganhado nas urnas. Situação parecida com a de Pindorama, onde Maria Inês Miyada (PSDB) teve 3.896 votos, enquanto os nulos somaram 5.497 – é provável que a maior parte tenha sido destinada a Nelson Trabuco (DEM), barrado pela Lei da Ficha Limpa.
Em outras cidades, como Fernandópolis, Irapuã e Mirassol, o total de votos anulados não supera aqueles depositados no vencedor, o que não altera o resultado. Não há data para o TSE julgar o recurso dos quatro candidatos impugnados.