Uma mulher de 34 anos, que viveu por 22 anos em condições análogas à escravidão, foi resgatada em Manaus, na última quinta-feira (5), após ser submetida a jornadas exaustivas, sem salário fixo, sem carteira assinada e sem acesso à educação. Ela começou a trabalhar aos 12 anos, com a promessa de cuidar de uma idosa, mas acabou prestando serviços a diversos membros da família sem os direitos trabalhistas garantidos. Com informações do Uol.
A situação foi descoberta por uma força-tarefa coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Polícia Federal (PF) e da Defensoria Pública da União (DPU). A mulher vivia em um quarto sem ventilação adequada, sem guarda-roupa, e chegou a trabalhar descalça, sem acesso a produtos de higiene pessoal. Ao longo de sua trajetória, nunca frequentou a escola e executava diversas tarefas domésticas, além de trabalhar na produção de doces comercializados pelos empregadores.
Após o resgate, a vítima recebeu apoio psicossocial e foi reintegrada à sua família biológica.
