Duas deputadas bolsonaristas do PSL assumem mandato-tampão de 45 dias na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a partir desta quarta-feira (1º/2): a polícial militar Carmelidia Bertola, conhecida como Tenente Carmelidia, e a empresária Daniela Anchão Braga.
Ambas concorreram ao cargo na Alesp nas eleições de 2018 e ficaram como suplentes. Elas vão assumir mandato agora porque dois deputados estaduais da mesma coligação se elegeram para a Câmara dos Deputados em 2022 e tomarão posse em Brasília nesta quarta-feira. São eles: Bruno Lima (PP) e Rodrigo Gambale (Podemos).
O mandato-tampão termina no dia 15 de março, quando os 94 deputados estaduais eleitos em outubro passado assumirão seus mandatos. Nem a Tenente Carmelídia nem a empresária Daniela Braga disputaram a última eleição.
Nos dois casos, elas assumem as vagas de outros dois suplentes que abriram mão do mandato-tampão. Tenente Carmelidia ficou com a vaga de Calil José Badin Vieira e Daniela Braga pegou a cadeira que seria de Vitor Hugo Riccomini (PSL), que foi eleito prefeito de Capivari em 2020.
Ao longo dos 45 dias de mandato, as duas parlamentares terão direito ao salário de R$ 29,5 mil, a nomear até 23 assessores, alugar um carro com recursos da Alesp e gastar até R$ 26 mil com verba de gabinete.
Bolsonaristas
Tanto a Tenente Carmelidia quanto Daniela Braga apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas duas últimas eleições. As duas publicaram fotos exaltando Bolsonaro e pedindo que o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não retornasse ao poder.
A PM vem de Laranjal Paulista, cidade a 350 km de São Paulo, e publica registros de diversas viagens, assim como memórias de quando trabalhou como agente policial.
Já Daniela vem de uma tradicional família de políticos de Porto Ferreira, a 226 km da capital paulista. O pai dela, Dorival Braga, e dois irmãos, André e Renata Braga, já foram prefeitos da cidade. Dorival também foi deputado estadual. Na última eleição, ela se empenhou em tentar eleger o irmão André como deputado estadual.