sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Delegado recebe título de Cidadão Catanduvense

Homenagem será realizada hoje, às 20 horas, na Câmara Municipal; honraria foi sugerida pelo vereador Marcos Crippa Será concedido hoje, às 20 horas, na Câmara de Catanduva, o título de…

Homenagem será realizada hoje, às 20 horas, na Câmara Municipal; honraria foi sugerida pelo vereador Marcos Crippa

Será concedido hoje, às 20 horas, na Câmara de Catanduva, o título de Cidadão Catanduvense ao delegado de polícia Waldomiro Bueno Filho, titular da Diretoria do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 1), de São José dos Campos. O delegado assumiu em maio deste ano a Deinter 1, depois de prestar serviço na Deinter 5, de São José do Rio Preto.

O projeto de indicação da honraria é do vereador Marcos Crippa. “Além de extenso currículo de serviços prestados, Waldomiro Bueno é exímio investigador como, por exemplo, no seqüestro do empresário Abílio Diniz, que ficou conhecido mundialmente através da imprensa e o delegado conseguiu solucionar com maestria e vitória”. O seqüestro ocorreu em 1989.

Crippa ilustra a vida policial do homenageado. “Comandou pessoalmente o grupo anti-sequestro de São José do Rio Preto e a Operação Laranja; sua presença é marcante na polícia de Catanduva; possui em sua folha funcional elogios de cinco governadores de Estado por soluções de crimes de seqüestro”.

Waldomiro Bueno nasceu em São Paulo, onde iniciou carreira em 1968 na Guarda Civil do Estado, permanecendo na Policia Militar até 1972. Foi nomeado investigador de Polícia em 1973; ingressou na carreira de delegado de polícia em 1985. Depois trabalhou no antigo Degran, no Departamento de Homicídios, no Deic, no Decon, no Detran. Em 2002 assumiu a Deinter 5 de Rio Preto, onde permaneceu no cargo até maio deste ano.

Delegado fala sobre seqüestro de Abílio Diniz
Em entrevista à equipe de reportagem do jornal Notícia da Manhã, o delegado Waldomiro Bueno Filho contou como solucionou o caso do seqüestro do empresário Abílio Diniz, dono do Pão de Açúcar. “Sempre fui linha de frente”, fala sobre os 49 casos que enfrentou de seqüestros. “Perdemos pouquíssimos casos”, lembra.

Sobre o caso Diniz, ocorrido há 17 anos, de repercussão internacional, Waldomiro lembra que foi no dia 11 de dezembro de 1989. O cativeiro onde estava o empresário era no bairro Jabaquara.

A descoberta deu-se quando o delegado viu um veículo abandonado, onde havia um cartão de reparo de oficina mecânica. “A partir deste cartão achamos o cativeiro; colocaram nele um abrigo”, referindo-se a vestimenta de Abílio Diniz.

“Depois, prendemos imediatamente 10 dos seqüestradores; eram cerca de 30 pessoas envolvidas na operação”, calcula o delegado, avaliando que o pedido de resgate, de US$ 30 milhões, era para ser dividido em US$ 1 milhão para cada seqüestrador.

Segundo relata, a repercussão internacional do caso ocorreu devido ao perfil dos seqüestradores. “Tinham argentinos, chilenos, canadenses e um brasileiro, mas quem chefiava eram os canadenses que tinham total controle da operação; todos os criminosos que participaram tinham origem política”.

Para Waldomiro, a quadrilha foi envolvida em três outros grandes seqüestros, devido ao ‘modus operandi’.

O caso do seqüestro de Abílio Diniz, além de ter conotação política, aconteceu pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais, em que Lula seria derrotado por Collor de Mello.

Notícias relacionadas