A possibilidade de pedido de prisão de pessoas ligadas às provedorias, diretorias, corpo clínico ou até mesmo dos Conselhos da entidade não está descartada. O delgado Ailton Canato que investiga a “caixa Preta” da Santa Casa de Fernandópolis pretende desvendar o que provocou o endividamento exorbitante nos últimos 10 anos, chegando a mais de R$ 50 milhões.
“Conselheiros fiscais e administrativos deverão responder por negociações que geraram prejuízo, secretários e tesoureiros: vamos passar a limpo as dívidas da Santa Casa! Não é à toa que estou há mais de um ano e dois meses levantando informações, confirmando dados e colhendo depoimentos nessa investigação”, garante o delegado seccional.
Segundo ele, não há um alvo específico a ser investigado. “Não existe A, B, C ou D sob investigação. Nosso foco é a evolução do endividamento da Santa Casa”, disse o delegado, que realizou busca e apreensão de documentos na entidade no último dia 16.
Canato também já teria recebido diversas denúncias anônimas de possíveis fraudes cometidas na Santa Casa e que as informações serão checadas, verificando a veracidade dos fatos.
O inquérito deve apurar a possível venda ilegal de lotes que pertenciam à entidade e que foram comprados por uma empresa ligada a José Sequini Junior, ex-provedor entre os anos de 2007 a 2009.
As reformas feitas por Junior Sequini poderão ser investigadas e até mesmo serem questionadas confrontando com o artigo 37 do Estatuto da entidade. O objetivo é apurar se alguém favoreceu a si mesmo, ou se alguma pessoa foi favorecida com desvios ilícitos de valores em determinados contratos, negociações, ou mesmo no exercício de algum cargo dentro da Santa Casa.
Com informações de João Leonel/Revoluir