O delegado de policia, Gerson Piva disse, durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, dia 27, disse que o médico Jarbas Alves Teixeira é um dos mandantes que resultou no atentado contra o colega de profissão, Orlando Cândido Rosa. Junto com ele, também figura como mandante, a mulher Sueli Longo Teixeira e o motorista particular Ronaldo Mota.
Segundo Piva, o esquema foi arquitetado após o casal (Jarbas e Sueli) começarem a receber ameaças via ligações telefônicas no celular e no telefone da empresa onde Jarbas era presidente. As ligações eram feitas por Rodrigo Sampaio, que vinha de Jales e usava orelhões em Fernandópolis para fazer as ameaças.
O motorista Ronaldo montou um esquema e articulou as ameaças, já que tinha conhecimento da vida pessoas de Jarbas e da esposa, tudo com objetivo de levar vantagens e chegou a oferecer ajuda ao casal. Ronaldo, como era homem de confiança fez a manobra com a intenção de obter dinheiro. Tudo deu a entender que as ligações anônimas partia do médico Orlando Rosa. Jarbas chegou a mencionar na empresa que precisava dar um “corretivo” no Orlando. O ato foi confirmado em depoimento de testemunhas que trabalhavam com o mandante, segundo confirmou o delegado.
A polícia apurou e constou no relatório que Rodrigo, contratado por Ronaldo, ofereceu dinheiro – R$ 2 mil – a uma testemunha que mora em Jales para ajudar a dar um susto no médico e que os dois vieram a Fernandópolis entre os dias 6 e 7 de junho deste ano para reconhecer a residência de Orlando e o consultório médico. A testemunha disse que desistiu do “trabalho” por haver câmeras de segurança e pelo consultório ser no centro da cidade e perto da delegacia.
No dia seguinte Ronaldo Mota tentou marcar uma consulta com Orlando, informando que havia sido picado por abelhas, mas foi orientado a ir ao Pronto Socorro da Santa Casa. Ronaldo pretendia executar o serviço no consultório, mas o fato não havia dado certo. A polícia chegou à conclusão desses fatos a partir de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça que identificou que as ligações para marcar a consulta vieram de um telefone que pertencia ao Ronaldo.
No dia 12 de junho, data do atentado, Ronaldo passou pelo local do atentado e perguntou a um policia militar o que havia acontecido. Ao ficar sabendo do atentado, perguntou como estava a saúde do médico e obteve a resposta do PM que havia sito socorrido pelo Samu, mas estava bem.
A polícia descobriu que Ronaldo ligou para o médico Jarbas Alves Teixeira, que estava hospedado num hotel em São José do Rio Preto e mencionou que “não havia dado certo” e que não era para voltar a Fernandópolis. Em depoimento, Jarbas admitiu que recebeu a ligação de Ronaldo e confirmou as informações contidas nas escutas telefônicas.
Gerson Piva disse que as investigações começaram a partir do grampo no consultório de Orlando, checando as ligações de Ronaldo e as transações em dinheiro com Rodrigo Sampaio. Declarou ainda que após o atentado, Ronaldo recebia R$ 200 reais por remessa de carta anônima e de ameaça ao casal Jarbas e Sueli.
As cartas eram enviadas anonimamente e continham fatos íntimos entre Jarbas e Orlando Rosa. Essas cartas eram enviadas por Rodrigo com orientação do motorista Ronaldo Mota que ditava o texto. Em depoimento Rodrigo confessou a participação.