A delegada Larissa Nakaya Macchi instaurou ontem inquérito para investigar a denúncia de um suposto erro médico em que um menino, que atualmente tem cinco meses, teria ficado com pelo menos três pedaços de compressas de gaze dentro do intestino depois de uma cirurgia.
Kaleby Barbosa Siqueira nasceu prematuro e os tecidos só foram descobertos depois que o bebê passou por cirurgia em um hospital de Araçatuba.
“Como a criança passou por cirurgia em Andradina e em Araçatuba ainda não sabemos quem foi responsável pelo erro médico”, disse ela. Os médicos serão ouvidos na próxima semana, segundo a delegada. A avó de Kaleby, a vigilante Lourdes Nascimento Barbosa, 38 anos, disse que o neto nasceu em março, em Araçatuba. Quando voltaram à Andradina, a família levou a criança ao médico. “Ele [médico] disse que Kaleby tinha hérnia no umbigo e que iria operá-lo no dia 9 de julho. Mas, depois da cirurgia ele chorava muito de dor”.
No dia 12 do mesmo mês, a criança foi transferida para um hospital particular em Araçatuba. Lá, passou novamente por uma cirurgia. “O médico disse que o intestino dele tinha sido furado na primeira cirurgia”, disse a avó.
Depois de operado, o bebê voltou para casa. “Durante o banho percebemos que tinha um gaze saindo pelo umbigo”, disse a avó. A família voltou novamente para o hospital particular em Araçatuba, onde o mesmo médico retirou três pedaços de gaze do menino, com ajuda de uma pinça. “Acreditamos que o erro aconteceu em Andradina, porque em Araçatuba o médico não usa gaze”, disse a avó. Ela afirma ainda que a família pretende processar o médico responsável pelo erro.
“Queremos uma indenização. Gastamos cerca de R$ 2 mil entre viagens e remédios”, disse ela.
