A Deic de Rio Preto concluiu o inquérito que investigava os crimes cometidos pelo soldador José Antônio Miranda da Silva, de 47 anos, e a conclusão é surpreendente.
Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais acreditam que, pelo menos, 17 mulheres sofreram nas mãos do estuprador em série que atuava na região.
A polícia acredita que José Antônio Miranda da Silva, de 47 anos, tenha cometido 17 estupros, três homicídios consumados, nove homicídios tentados e nove roubos a vítimas de São José do Rio Preto.
José Antônio seria o maior criminoso sexual em série dos últimos tempos na região.
O delegado, que cuidou das investigações, Wander Solgon, ressaltou que uma das dificuldades encontradas durante a realização do inquérito, foi justamente o perfil das vítimas escolhidas pelo maníaco, ele explicou que “são vítimas, geralmente em situação de rua, geralmente usuárias de droga, algumas, até a maioria, já em situação de prostituição. Então são vítimas que, normalmente são mais arredias em manter contato com a polícia.”
As investigações duraram 60 dias. O trabalho da polícia mostrou que o primeiro estupro teria sido praticado em abril de 2018. Um ano depois que ele saiu da cadeia, onde cumpriu pena de 20 anos por homicídio e estupro.
A última vítima identificada quase morreu nas mãos do criminoso, no dia 7 de maio deste ano. Ele cortou o pescoço dela com uma faca e, depois, jogou fogo na mulher, de 29 anos.
O delegado falou sobre como José Antônio era agressivo com as vítimas, e contou o que ele fazia.
“Geralmente dava socos, chutes, amarrava o pescoço delas com corda, cordão. Pegava uma faca, uma faquinha até de cozinha, e passava pelo corpo delas, então, muitos cortes eram superficiais, mas teve vítima que sofreu mais de 40 cortes.”
Em casa, segundo o depoimento da esposa para a polícia, o criminoso é uma pessoa totalmente diferente. Educado, gentil e amoroso, características que o deixavam longe de qualquer suspeita de envolvimento em crimes tão brutais.
O suspeito nega as acusações, diz que saiu com algumas destas mulheres, mas que eram todas garotas de programa, e afirma que não houve qualquer agressão ou estupro.
Agora, com o inquérito policial concluído, o suspeito segue preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Rio Preto, onde aguarda julgamento.