Os advogados do DJ Rennan da Penha, idealizador do “Baile da Gaiola”, o maior baile funk do Rio, se pronunciaram por meio de nota neste domingo (24) e citaram “preconceito” na condenação do cantor por associação ao tráfico.
Na semana passada, Rennan da Silva Santos, de 25 anos, foi condenado em segunda instância a cumprir 6 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado pelo crime. Em um primeiro julgamento, o artista foi considerado inocente.
“Rennan é acusado pelo MPRJ de ser ‘olheiro’ do tráfico. Tal acusação é tão estapafúrdia que beira a inocência, eis que tal função demandaria discrição. Os bailes de Rennan atraem mais de 25.000 pessoas, sendo a ele absolutamente impossível passar despercebido onde quer que seja”.
“Rennan da Penha representa a cultura negra da periferia do Rio de Janeiro, é justamente por isso sofre amplo preconceito fora do ambiente onde nasceu e foi criado”, diz o comunicado assinado pelos advogados Fabrício Rodrigues e Nilsomaro de Souza. (leia na íntegra abaixo)
Na acusação, o desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da Terceira Câmara Criminal, afirma que o DJ Rennan da Penha atuava como “olheiro” do tráfico, além de organizar bailes e produzir músicas para enaltecer traficantes.
“O adolescente disse que Rennan ‘é conhecido como DJ dos bandidos, sendo responsável pela organização de bailes funks proibidos nas comunidades do Comando Vermelho, para atrair maior quantidade de pessoas e aumentar as vendas”, diz o documento, referindo-se à uma testemunha menor de idade que depôs acusando Rennan.
No Rio de Janeiro, fãs e defensores do DJ Rennan marcaram um protesto para quinta-feira (28), em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Mais de 7 mil pessoas marcaram interesse e 3.500 confirmaram presença no evento do Facebook.