A Defensoria Pública do Ceará protocolou na manhã desta terça-feira (6) um pedido de revogação da prisão temporária da estudante Mirian França, 31, que está detida em Fortaleza sob suspeita de envolvimento no assassinato da turista italiana Gaia Molinari.
O pedido foi protocolado na comarca de Cariré (a 287 km de Fortaleza) por causa do recesso forense, que só termina nesta quarta-feira (7). Segundo a Defensoria, Cariré era a comarca mais próxima da capital cearense com um juiz de plantão.
O defensor público Bruno Neves, que coordena a comissão designada para acompanhar o caso, afirmou que o pedido de revogação se baseia no fato de que Mirian sempre contribuiu com as investigações e que, por isso, sua prisão é desnecessária.
“Inclusive juntamos no pedido uma carta assinada pela Mirian em que ela se compromete a continuar no Ceará durante as investigações”, afirma Neves.
O defensor público afirma ainda que apenas nesta segunda-feira (5) houve uma definição de que Mirian não contaria com a assistência de um advogado particular e que a Defensoria poderia, então, entrar no caso.
Mirian está presa desde o dia 29 de dezembro, por um prazo de 30 dias. Ela viajava com a italiana Gaia Molinari, que foi encontrada morta no dia 25 de dezembro, estrangulada, em Jericoacoara, no litoral do Ceará.
A Polícia Civil do Ceará justificou o pedido de prisão temporária por causa das contradições nos depoimentos da estudante. Segundo o defensor público, é normal que ela tenha ficado nervosa ao depor sem a presença de um advogado.