

O uso de inteligência artificial para criar vídeos falsos, conhecidos como deepfakes, tem preocupado autoridades e especialistas no Brasil. Com a proximidade das eleições de 2026, cresce o temor de que esse tipo de desinformação afete o resultado do pleito.

Conteúdos falsos já circularam com imagens manipuladas do presidente Lula, do ministro Fernando Haddad e até da jornalista Renata Vasconcellos. Em um dos vídeos, Lula supostamente criava um benefício do Bolsa Família para “mães de bebês reborn”; em outro, Haddad anunciava imposto sobre grávidas e cães. Todos os casos foram desmentidos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o uso de IA só é permitido se houver aviso explícito. Deepfakes, por outro lado, são proibidas. De 2022 a 2024, o número de processos na Justiça Eleitoral sobre deepfakes saltou de 3 para 109. Em 2025, já são 51 ações.
A Advocacia-Geral da União (AGU) já fez 12 pedidos de retirada de conteúdos falsos, nove foram atendidos. O Supremo Tribunal Federal (STF) também decidiu que redes sociais podem ser responsabilizadas por não remover material ilegal, mesmo sem decisão judicial.
