Vacina no braço 1
Com o retorno das atividades presenciais em toda a administração municipal (direta e indireta) a partir do dia 1º de setembro, o prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), se viu diante de mais uma decisão que promete barulho: a exigência de que os 7,7 mil servidores (4,7 mil estatutários e 3 mil terceirizados) se vacinem contra a Covid-19.
Vacina no braço
A obrigatoriedade fica estabelecida por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município neste sábado (28), quando a medida já começa a valer, inclusive para estagiários.
Educação
Desde que o prefeito anunciou o retorno à normalidade nos órgão públicos, a questão dos não-vacinados vinha sendo levantada, especialmente entre os servidores da Educação, que representam o maior contingente de funcionários municipais. São 2,5 mil estatutários e 1,5 mil terceirizados. O contato direto com alunos torna o setor alvo de maior preocupação.
Atem aprova e…
Pelo menos desta vez, Edinho não deverá encontrar opositores barulhentos como as entidades que representam a categoria. A Atem (Sindicato dos Trabalhadores da Educação) concorda com a decisão. “Acreditamos que é uma política necessária para quem tem contato com a população e trabalho ao lado de outras pessoas e pode colocar em risco a vida e saúde coletiva”, diz Fabiano de Jesus, coordenador-geral da Atem.
…opositores também
Na Câmara de Vereadores, o discurso pró-vacina também encontra eco em vereadores assumidamente de oposição, como João Paulo Rillo (PSOL), de esquerda. E também em partidos como o Republicanos, que é de direita, com forte base na igreja evangélica e conta com dois vereadores na Casa – Robson Ricci e Karina Carolina.
Medidas disciplinares
Quem não se vacinou e resiste à imunização terá de apresentar uma justificativa que seja aceitável, sob pena de medidas disciplinas. O controle se dará por meio da Secretaria de Administração. A decisão do prefeito foi baseada em orientação do núcleo criado pela Secretaria da Saúde para definir ações de combate à pandemia. Apesar da redução nos números de casos, internações e mortes, variantes com a Delta ainda preocupam.
Câmara imunizada
No Legislativo, a iniciativa já havia sido tomada. Por decisão do presidente da Câmara, Pedro Roberto, servidores e estagiários do Legislativo têm, a contar da última quinta0feira, cinco dias úteis para apresentar comprovante de vacinação contra a Covid, detalhando se tomou a primeira e a segunda dose.
Melhor vacinar
O objetivo, segundo a presidência da Câmara, é apenas manter o controle sanitário na retomada de atividades presenciais, principalmente considerando a segurança de funcionários que têm comorbidades. Eventual descumprimento, no entanto, pode evoluir para processos administrativos.