A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) trabalha incansavelmente para esclarecer o caso que deixou Votuporanga chocada nesta semana.
A equipe de investigadores busca identificar a quem é a pessoa que deixou um bebê morto, provavelmente de seis meses de gestação, dentro de sacolas plásticas, no banheiro feminino da Praça Santa Luzia, na última terça-feira.
Segundo a delegada Edna Rita de Oliveira Freitas, a fontes ligadas ao A Cidade, três mulheres são consideradas suspeitas de terem abandonado o bebê.
Uma delas, passou por atendimento médico na Santa Casa, com quadro clínico de quem deu a luz há poucos dias. Outra, contou à polícia que sofreu um aborto espontâneo. Questionada sobre onde estaria o feto, ela informou que foi descartado no esgoto.
As investigações continuam e testemunhas serão ouvidas na DDM. Ainda de acordo com a delegada, a polícia deve comparar material genético das suspeitas com o bebê morto, por meio de um exame de DNA, para tentar identificar a verdadeira mãe.
Entenda o caso
O cadáver de uma menina, de aproximadamente seis meses gestação, foi encontrado dentro de um boxe no banheiro público da praça, por volta das 11h de terça-feira.
O corpo estava dentro de duas sacolas plásticas, fechadas por dois nós, junto a um absorvente íntimo, com vestígios de sangue. A zeladora Irma Maria Paixão, de 66 anos, fazia a limpeza do local, quando encontrou o bebê.
Segundo a zeladora, a última limpeza no banheiro havia sido feita às 18h do dia anterior. Após isso, ela retornou ao banheiro às 22h, para trancar o portão, como é de costume. A Polícia suspeita que o bebê tenha sido abandonado nesse período, entre às 18h e 22h de segunda-feira (24). Ainda chocada com a situação, Irma descreve o cenário que viu.
Por enquanto, não é possível saber se a criança morreu dentro do banheiro ou pouco antes, ou se foi vítima de um aborto. Foi chamado o IML pra constatar se trata de um recém-nascido ou um feto, já que existem dois tipos de crime. Pode ser um aborto ou um infanticídio. Para saber isso, só com o laudo médico. O secretário municipal de Direitos Humanos, Emerson Pereira, também foi até a praça. Ele disse que a secretaria vai acompanhar de perto os trabalhos.
“Eu estou chocado, acho que a sociedade votuporanguense também está. Não é normal um feto todo formado ser encontrado dentro de um banheiro público. Vamos estar acompanhando o caso de perto, os procedimentos, até que chegue, juntamente com as autoridades, até a mãe que cometeu essa barbaridade, esse absurdo, que deixou todo mundo chocado”, disse o secretário.