O Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE), orientou o dono de uma propriedade rural para que ele parasse o esvaziamento de uma represa de cerca de 12 hectares, localizada no Distrito de Nova Itapirema, no município de Nova Aliança (SP). Conforme a Gazeta mostrou, o lago é considerado cartão postal do local e a destruição causou revolta nos moradores.
De acordo com o Departamento, em uma nova vistoria realizada no local, o proprietário foi orientado a parar o esvaziamento da represa imediatamente, até que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) se manifeste. Em nota enviada à Gazeta, o DAEE diz que o lago, no momento, está preservado.
“Esclarecemos que o DAEE solicitou a regularização do empreendimento e não seu desfazimento. A decisão do proprietário em desativar a represa particular e tornar o rio a seu leito natural é legal; desde que atenda o que consta da no artigo 21 da Resolução SIMA nº 86 de 22/10/2020, ou seja, após a obtenção de Parecer Técnico ou Autorização da CETESB”, diz trecho do documento enviado ao jornal.
Conforme a Gazeta mostrou, a destruição da represa, que fica localizada às margens da rodovia Maurício Goulart (SP-355) e atinge cinco propriedades rurais do município, causou revolta em moradores da cidade e também da região. O motivo do esvaziamento, de acordo com o que nossa reportagem apurou, é porque o DAEE solicitou que fosse realizada uma obra de regularização do local, porém, tal obra estaria estimada em torno de R$ 600 mil, o que, segundo eles, era algo inviável.
Como a obra não foi realizada, o dono da propriedade, onde a barragem fica instalada, decidiu esvaziar a represa. Na época, a Gazeta procurou o proprietário responsável por desmanchar a barragem, mas ele não quis gravar entrevista.