Uma represa, que fica localizada no distrito de Nova Itapirema, no município de Nova Aliança (SP), começou a ser destruída, após uma determinação do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). O local possui mais de 12 hectares de extensão e é conhecido pela grande riqueza da fauna e também da flora.
A represa fica localizada às margens da rodovia Maurício Goulart (SP-355) e atinge cinco propriedades rurais do município. De acordo com alguns destes proprietários, uma determinação do DAEE pede para que seja executado um projeto de regularização do local porém, tal obra está estimada em torno de R$ 600 mil, o que, segundo eles, é inviável. Como a obra não foi realizada, a represa precisa então ser desmanchada.
A destruição da represa, que começou no último fim de semana, está sendo executada por um dos herdeiros do local, que foi notificado pelo DAEE. O desmanche total do aterro deve durar, pelo menos 60 dias e milhares de caminhões de terras serão retirados do local.
A Gazeta procurou o proprietário responsável por desmanchar a barragem, mas ele não quis gravar entrevista.
A decisão causou grande revolta entre a população e também entre os proprietários do local. Alguns já procuraram a Polícia Ambiental, a Polícia Civil e até o Ministério Público, entretanto, nada foi resolvido até o momento.
“Essa represa começou a ser construída tem cerca de 20 anos e possui milhares de peixes, capivaras, jacarés, sucuris, sendo uma grande riqueza da nossa cidade. Não podemos deixar esse patrimônio ser extinto”, diz o proprietário, Geraldo Perez.
Maiara Sanches também é uma das proprietárias do local e fala que está procurando todos os meios para tentar evitar o esvaziamento da represa. “Nós estamos unindo forças para tentar parar essa atrocidade. É uma vista muito linda e que precisa ser conservada”, diz.
