Na volta ao Brasil, depois de uma viagem ao Vaticano, o arcebispo metropolitano de São Paulo falou, nesta quarta-feira (13), sobre a decisão do papa.
Dom Odilo Scherer chegou a tempo de celebrar a tradicional Missa das Cinzas, na Catedral da Sé. Antes da cerimônia, ele contou como soube da renúncia de Bento XVI.
“Tinha chegado em Roma. Apenas desfazendo a mala, liguei o radinho que levo comigo e ouvi a notícia pelo rádio”, lembrou ele.
E veio a pergunta inevitável: ele se considera preparado para ser papa, se escolhido?
“Eu acho que seria muita pretensão um cardeal dizer ‘eu estou preparado’. Muita pretensão”, disse Dom Odilo.
Estreante em um conclave, a reunião de cardeais que elege o papa, Dom Odilo Scherer falou sobre o perfil esperado para o novo papa:
“A reflexão mais importante que se fará no conclave não é se o papa vem de um lugar, vem de outro lugar, tem essa origem, tem outra origem. Mas se ele está realmente em condições, se ele é a pessoa mais adequada para tocar a Igreja nesse momento da sua história.”
Além de Dom Odilo, outros quatro brasileiros estão no grupo de 118 cardeais com menos de 80 anos de idade encarregados de escolher o novo papa:
Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo; Dom João Braz de Aviz, que ocupa um alto cargo no Vaticano; Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador; e Dom Raymundo Damasceno, arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, que nesta quarta falou sobre o desafio da Igreja.
“Ela tem que refletir, pensar, como trazer a mensagem de Cristo para o mundo de hoje, não para o mundo de dois mil anos atrás”, refletiu Dom Raymundo Damasceno.
Falar aos jovens e em benefício deles é a meta da Igreja na Campanha da Fraternidade 2013, ano em que o Brasil sediará a Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho no Rio de Janeiro.