sexta, 15 de novembro de 2024
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Custo e baixo valor de mercado desanimam produtores de limão

O aumento da oferta, o auto custo de produção e o baixo valor de mercado têm desanimado produtores de limão aqui do noroeste paulista. Para não levar mais prejuízos, muitos…

O aumento da oferta, o auto custo de produção e o baixo valor de mercado têm desanimado produtores de limão aqui do noroeste paulista. Para não levar mais prejuízos, muitos deles estão optando em deixar a fruta apodrecer no pé.

Fruta das mais populares do mundo, o limão, em seus mais diversos tipos, reserva ricas fontes nutricionais para a nossa saúde. As versões mais consumidas no Brasil são: Tahiti, cravo, galego e siciliano.

A região noroeste paulista é uma das maiores produtoras da fruta no mundo. A cidade de Itajobi (SP), é capital nacional do limão. O município produz, anualmente, cerca de 900 mil toneladas de Lima Ácida (Tahiti), e já vem sendo considerada a Capital Mundial do limão por sua contribuição, principalmente para os Estados Unidos e Europa, na exportação fruta. Mas infelizmente os produtores têm sentido o sabor amargo da fruta, que têm se desvalorizado tanto no mercado nacional, quanto internacional.

Produtor de limão há mais de 50 anos, em Urupês (SP), José Silvestre Ettruri, diz que a situação está bastante complicada para o setor, já que havia enfrentado condições atípicas no ano passado com a geada e até mesmo com queimadas, onde, só ele, perdeu 1 mil pés de limão.

“Infelizmente o custo da produção aumentou mais de 100%, a exportação diminuiu e não está compensando produzir a fruta. Hoje para produzir uma caixa de limão custa R$ 21,30 e o mercado está pagando apenas R$ 13,00, portanto a conta não fecha”, explica.

Por causa disso, alguns produtores têm optado em deixar a fruta apodrecer no pé, para assim não levar ainda mais prejuízo. Eles afirmam que antes da colheita e da venda, existe um investimento, o que acaba se tornando inviável.

José possui 5,5 mil pés de limão plantados em sua propriedade em Urupês e parte de sua produção vai para exportação. “A exportação paga entre R$ 35 e R$ 40 a caixa, mas as despesas também são altas, pois temos que levar o produto até um barracão, onde eles buscam e depois levam até o Porto. Então isso também encarece a nossa produção e o nosso lucro está cada vez menor”, diz.

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