Autoridades do setor da saúde de Cuba identificaram pacientes infectados com uma variação do vírus HIV que desenvolve a aids com mais rapidez. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17) pela TV estatal cubana.
Um estudo realizado no IPK (Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí), em Havana, revelou a diferença entre pacientes infectados com o HIV que demoravam entre oito e dez anos para desenvolver a doença, enquanto em outros o período era de apenas três anos.
A especialista do instituto, Vivian Kourí, explicou que foram estudados três grupos de pacientes e pela primeira vez foi encontrada a associação de uma variação do HIV que circula em Cuba, chamada CRF19, com rápida progressão da aids.
A pesquisa indica que essa variação do HIV é de origem africana, mas relativamente frequente em Cuba e predominante entre 17% e 19% dos pacientes.
Segundo a especialista, nenhum dos infectados com essa cepa ou as outras duas que circulam pela ilha foi associado a “uma resistência maior” ao tratamento com remédios retrovirais e todos tinham a mesma possibilidade de ter o tratamento efetivo.
No entanto, o anúncio pela televisão advertiu que o rápido desenvolvimento da aids desta variação do HIV “aumenta o risco” de os pacientes adoecerem inclusive antes de saber que estão infectados com o vírus.
Em Cuba, foram diagnosticados quase 22 mil casos de pessoas soropositivas desde o início da epidemia do HIV, em 1986, e mais de 18 mil vivem com a doença, de acordo com dados oficiais.