Festa de um lado, lamentação e vaias do outro. No estádio do Pacaembu, em São Paulo, o Cruzeiro jogou do que jeito que gosta – mais fechado, na base do contra-ataque – e derrotou o Santos por 1 a 0, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.
Com um péssimo futebol, os pouco mais de 10 mil torcedores que foram à partida não perdoaram a diretoria e o técnico Jair Ventura, os mais criticados após o apito final.
Em recuperação no Brasileirão, o Cruzeiro já está na parte de cima da tabela de classificação. Chegou aos 10 pontos e tem quatro a menos que o líder Flamengo. Em situação oposta, com um jogo a menos que os rivais, o Santos ocupa a 16.ª colocação, com seis pontos. Só não está na zona de rebaixamento por ter uma vitória a mais que Atlético Paranaense e Chapecoense.
Neste meio de semana, o Brasileirão terá a disputa da oitava rodada e o Santos buscará a reabilitação nesta quinta-feira, feriado de Corpus Christi, justamente contra o Atlético Paranaense, às 21 horas, na Arena da Baixada, em Curitiba. O Cruzeiro voltará para sua casa, o estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, para enfrentar o Palmeiras, na quarta, às 21h45.
A atuação do Santos neste domingo não foi muito diferente da de outras partidas. Com dificuldades na armação de jogadas, o time pouco incomodou a defesa do Cruzeiro. O time mineiro, bem ao estilo do técnico Mano Menezes, jogou mais fechado e aproveitou as brechas que os santistas deram. No primeiro tempo, pouca coisa boa aconteceu. Apenas um contra-ataque dos mandantes, que Gabriel demorou para chutar e permitiu a rápida recuperação do zagueiro Dedé.
Na segunda etapa, os times diminuíram o ritmo e até mesmo o Santos mostrou mais preocupação com a defesa do que com o ataque. O Cruzeiro chegou pouco ao ataque, mas foi mais efetivo. Aos 30 minutos, o volante Bruno Silva, que havia acabado de entrar em campo, aproveitou o desvio de Raniel em um escanteio cobrado pelo lado direito, e colocou a bola para o fundo das redes.
Nos minutos finais, o Santos tentou pressionar – Bruno Henrique por pouco não conseguiu o empate -, mas sofreu com os contra-ataques do Cruzeiro. O time paulista não conseguiu o gol e as vaias e os protestos no Pacaembu foram inevitáveis.