Vivendo um jejum inédito de títulos mundiais, a América do Sul termina a sua quarta Copa sem o troféu. Mas começa a desenhar um plano para recuperar parte de sua competitividade.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a entidade sul-americana, pela primeira vez, vai estabelecer um programa para ajudar as federações nacionais a passar por reformas. Com 25 anos de atraso em comparação ao que faz a Uefa, a Conmebol agora promete mudar a gestão das entidades.
Critérios serão adotados para que cada uma das afiliadas receba verbas da Conmebol e repasses da Fifa. Nos próximos quatro anos serão US$ 6 milhões para cada uma delas apenas de Zurique. O dinheiro terá de ir para o desenvolvimento do futebol.
Mas a entidade com sede em Assunção, no Paraguai, quer garantias de que o dinheiro seja usado de forma adequada. “Por anos, o dinheiro foi destinado para outros objetivos, como o pagamento de honorários de advogados para defender dirigentes na Justiça”, admitiu um executivo de mais alto escalão dentro da Conmebol.
Os últimos dados da Confederação Sul-Americana revelam receita em 2016 de US$ 280 milhões. Na Uefa, a conta mostra realidade diferente. No mesmo ano, a receita da entidade europeia foi de US$ 5,2 bilhões, 18 vezes mais. Mesmo na Ásia, a confederação local anunciou um acordo de US$ 4 bilhões com investidores chineses para bancar o futebol.