quinta, 14 de novembro de 2024
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Crise aérea será investigada no Congresso Nacional

Preocupado com o caos que atinge os aeroportos em todo o país, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, formará uma comissão para investigar as causas da crise aérea…

Preocupado com o caos que atinge os aeroportos em todo o país, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, formará uma comissão para investigar as causas da crise aérea no país. Até o fim da tarde desta quarta-feira, 33% dos vôos atrasaram mais de uma hora e 109 foram cancelados. Desta vez, a causa dos atrasos foi atribuída a uma pane no sistema de rádio do Cindacta, nesta terça-feira. O problema cortou a comunicação entre os controladores de vôo de Brasília e os aviões. Por determinação do presidente Lula, o aparelho com falha foi comprado imediatamente. A Polícia Federal investigará uma possível sabotagem no sistema de rádio. Desde o fim de outubro, os passageiros tiveram que enfrentar constantes atrasos. Nesta quarta-feira, o funcionário dos Correios, Gilberto Beloni, encontrou dificuldades em retornar de Brasília para Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. Ele reclamou da espera de quatro horas em uma fila para fazer o check-in. Ainda teria que esperar outras sete horas até o momento do embarque.

Meu passatempo aqui foi comprar um remédio para dor de cabeça, porque ficar quatro horas na fila sem almoço, danifica muito a gente. Via gente ali encostada na parede, sentada no chão. A pessoa que é mais fraca não agüenta.

De acordo com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, Milton Zuanazzi, a situação nos aeroportos deve se normalizar ainda nesta quinta-feira. Zuanazzi admitiu a presença de pontos cegos no espaço aéreo brasileiro. Entretanto, ressaltou que a notícia não é motivo para um clima de terror.

Há imensas partes do mundo que não tem cobertura por radar, enquanto que o Brasil tem quase a sua totalidade. Um ponto cego virar notícia, isso eu chamo de clima de terror. Não colabora, não resolve, não traz nenhuma solução.

Segundo o presidente da Anac, o Oceano Atlântico não é coberto por radar e mesmo assim os vôos são seguros. Para Zuanazzi, o problema aéreo pode ser resolvido a partir de investimentos em infra-estrutura, além do atendimento às reivindicações dos controladores. Nesta quarta-feira, a Força Aérea Brasileira anunciou a abertura das inscrições do concurso com 64 vagas para controlador de tráfego aéreo.

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