Um policial militar à paisana e dois assaltantes protagonizaram uma cena de faroeste na manhã de ontem, no bairro Boa Vista, em Rio Preto. Os bandidos teriam reconhecido o policial e fizeram dois disparos, enquanto o policial revidou com outros três tiros.
A cena típica de bangue-bangue ocorreu durante uma tentativa de assalto na rua Siqueira Campos, em frente à escola Santa Edwirges, no horário de saída dos alunos, pouco antes do meio-dia.
A vendedora Patrícia da Silva Andrade Xavier, 29 anos, que passava de moto pelo local, ficou ferida de raspão no pé esquerdo. No momento do acidente, além dos alunos da escolas havia motoristas e a motociclista na rua, que é de grande movimento. “Corri um risco muito grande. Eles trocaram tiros no meio de todo mundo. Por sorte fui atingida de raspão. Já é um absurdo isso acontecer, ainda mais em lugar cheio de gente”, disse a vendedora.
A polícia ainda não sabe de qual arma saiu o tirou que atingiu a motociclista. De acordo com testemunhas, o policial Laerte Veloso, 48 anos, foi abordado quando estacionava seu carro em frente à escola por dois criminosos armados, que chegaram de moto. Eles anunciaram o assalto com as armas em punho e pediram uma maleta com dinheiro, que a vítima havia acabado de sacar.
Quando pegaram o dinheiro, um dos bandidos reconheceu o policial militar e teria feito dois disparos enquanto fugiam. “Um deles gritou que eu sou policial e saíram correndo. Eles subiram em uma das motos e atiraram duas vezes, então revidei com outros dois disparos”, afirmou o policial, que acredita ter tomado a atitude correta para se proteger.
O policial ainda perseguiu os criminosos a pé e atirou novamente, desta vez na rua Fritz Jacob, mas ninguém foi atingido. A dupla fugiu levando a maleta com dinheiro, com valor não divulgado, e abandonou uma moto com placa de São Paulo. A polícia suspeita que o veículo seja objeto de furto ou roubo. Os suspeitos não haviam sido localizados até o fechamentos desta edição.
A reportagem procurou o comando da Polícia Militar da cidade para saber as providências que serão tomadas e se uma sindicância será aberta pela corporação para apurar a conduta do policial. No entanto, o comando local alegou que não poderia falar sobre o assunto. A assessoria de imprensa da PM, em São Paulo, também foi procurada, mas até o fechamento desta edição não deu retorno.
