domingo, 24 de novembro de 2024
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Criminoso preso no Pará teria participado de mega-assalto na região

A Polícia Civil investiga a participação de um dos maiores assaltantes de bancos e carro-forte do país, preso neste domingo (18) em uma cidade do Pará, com assaltos registrados no…

A Polícia Civil investiga a participação de um dos maiores assaltantes de bancos e carro-forte do país, preso neste domingo (18) em uma cidade do Pará, com assaltos registrados no interior de São Paulo.

Elinelson Ferreira, vulgo “Pinga”, que era procurado há anos, foi preso em em Moju, nordeste do estado, após informações repassadas pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru (SP), que é responsável pelo inquérito que investiga o assalto em agência bancária em Ourinhos em maio de 2020.

Elinelson também teria participado do roubo em Araçatuba (SP), em 2021, que resultou na explosão de três agências bancárias.

A PM do Pará preparou uma ação envolvendo diversas unidades operacionais após receber informações sobre o paradeiro de Pinga fornecidas pela Deic de Bauru, além dos setores de inteligência da Polícia Federal de Araçatuba e Campinas (SP).

Após ser detido, o suspeito foi conduzido à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém, com planos para ser encaminhado à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), para ficar à disposição da Justiça.

Durante abordagem policial, Pinga apresentou documentos falsos e estava em companhia de um casal, que também ficou detido. Desde a semana passada a possibilidade de trânsito do suspeito entre cidades paraenses era monitorada.

Assalto e tiroteio em Ourinhos
Em Ourinhos, a polícia acredita que pelo menos 40 homens fortemente armados participaram da ação em maio de 2020.

Eles chegaram na cidade em 11 veículos, trocaram tiros com a Polícia Militar, fizeram seis pessoas reféns e explodiram parte da agência para ter acesso ao cofre. A quantia levada pela quadrilha não foi divulgada.

Câmeras da central de monitoramento da cidade registraram a ação da quadrilha. Nas imagens é possível ver o momento que o carro do morador de Ourinhos é alvejado.

Um dos criminosos invadiu uma loja e começou a atirar de dentro do estabelecimento, os tiros atingiram a rua ao lado de onde o veículo passa. Outro criminoso aparece escondido atrás de um poste. Ele também atira no veículo.

O motorista que teve o carro alvejado relatou momentos de desespero. “Eu pensei só em uma coisa: tirar a gente dali logo e sair daquela zona de guerra. Eu só fugi, sai do centro e só depois fui ver o que tinha acontecido. Fui ver a proporção dos tiros, o que tinha ocorrido”, lembrou.

Ataque em Araçatuba
Em outubro deste ano a Polícia Federal de Araçatuba (SP) realizou a 11ª fase da operação que investiga o ataque às agências bancárias que deixou três mortos no dia do crime, em 30 de agosto de 2021.

Desde o início da investigação, até então, foram cumpridos 53 mandados de prisão e 105 de busca e apreensão.

Há dois meses, 40 policiais federais cumpriram mandados de prisão temporária, de busca e apreensão e de identificação criminal em Sorocaba, Limeira, Campinas, Osasco, Guarujá (SP) e Goiânia (GO).

Segundo a Polícia Federal, os investigados têm variadas funções na organização criminosa. Eles foram identificados e presos após representação da Polícia Federal pela expedição dos mandados judiciais perante a Justiça Federal.

Como foi o ataque
Os alvos da quadrilha fortemente armada foram agências bancárias que ficam no Centro da cidade, na madrugada do dia 30 de agosto de 2021.

A do Banco do Brasil funciona como uma tesouraria regional e os criminosos tiveram acesso ao cofre. Na Caixa Econômica Federal, os caixas eletrônicos foram atacados. Uma terceira agência teve apenas os vidros atingidos por tiros. O valor levado não foi informado.

Durante a ação, a quadrilha ateou fogo em veículos para dificultar a chegada da polícia, rendeu moradores e os usou como “escudo humano”. Vídeos mostram alguns moradores andando pelas ruas sob a mira das armas dos criminosos e outros sobre os carros durante a fuga.

O grupo criminoso espalhou quase 100 bombas pela cidade, que eram acionadas por sensor e celular. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi acionado e levou mais de 30 horas para desativar os explosivos.

Dois moradores morreram, além de um criminoso. Outras cinco pessoas ficaram feridas. A ação durou duas horas, entre ataque às agências, tiroteio e fuga.

Veja o resumo do crime:

Segundo a polícia, um grupo de mais de 30 criminosos atacou três agências bancárias. Em duas delas, os bandidos conseguiram levar dinheiro; o valor não foi informado;
Veículos foram incendiados para fechar vias e atrapalhar a chegada da polícia;
Criminosos fizeram moradores reféns, sendo que algumas das vítimas foram feitas de “escudo humano”;
Três pessoas morreram na cidade, entre elas, um criminoso; outras cinco ficaram feridas, incluindo um jovem que teve os pés amputados;
Dois suspeitos de participar do crime morreram em outras cidades, sendo um em Sumaré (SP) e outro em Piracicaba (SP);
Ruas do Centro de Araçatuba foram isoladas, pois explosivos com sensores foram espalhados pela cidade; Gate apreendeu 98 bombas; trabalho para detonar e desativar levou mais de 30 horas;
53 investigados foram presos.

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