Roberto Pereira dos Santos foi condenado a 10 anos de prisão, em regime fechado, por ter matado o mototaxista Luiz Rocha, 47 anos.
O crime aconteceu em uma estrada rural, próxima à Fazenda Experimental, em 6 de outubro de 2011.O julgamento aconteceu ontem no Fórum de Votuporanga.
O conselho de sentença foi formado pelos jurados Vania Salmazzo; Rosa Maria Chiqueto; Paulo Américo Brunini; Solange Frutuoso Gomes; Wagner de Almeida Santos; Nelson Bueno Assumpção e Fernando Luis Rossini.
Conforme a sentença proferida pelo juiz de Direito de Votuporanga, Jorge Canil, os jurados reconheceram a autoria do homicídio, e entenderam que ocorreu incêndio no veículo da vítima, praticado por Santos.
“A pena base para homicídio foi de 10 anos de reclusão. Não há atenuante, agravante nem causa de aumento ou diminuição. No que se refere ao incêndio, percorrendo o mesmo critério de cálculo, as penas finais serão de 3 anos de reclusão e 10 dias-multa no piso”, mais indenização à família da vítima.
Depoimento
Ao ser interrogado pelo juiz, Santos disse que o motivo do crime poderia estar relacionado a uma dívida de R$ 3 mil. Ele contou que havia comprado uma moto, dando R$ 500 de entrada e parcelado a dívida.
Entretanto, como teria mudado de emprego e surgido dificuldades financeiras, atrasou as parcelas, tendo recebido constantes ameaças da vítima. Segundo Santos, após três meses de atraso, no dia do crime teria dado R$ 400 à vítima, que não aceitou.
Os dois seguiram na moto da vítima para uma estrada de terra próximo à Valentim Gentil, pois um suposto homem teria interesse em adquirir a moto de Santos. No depoimento para o juiz, Santos disse que no meio do caminho a vítima teria dito que os dois iriam”acertar as contas”. Os dois iniciaram uma briga, momento em que a vítima teria tirado uma faca da cintura e tentado golpear Santos.
Por sua vez, ele disse que conseguiu retirar a faca e que, para se defender, atingiu a vítima no pescoço e região do tórax, totalizando 10 golpes.
Em seguida, abandonou a moto em um pasto e fugiu para Mato Grosso. A arma usada no crime e a roupa suja de sangue teriam sido dispensadas em um rio.