A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo apontou que este ano já houve a redução de 15% na criminalidade na região em relação aos últimos dois anos no 16º Batalhão da Polícia Militar, que abrange 49 cidades das regiões de Fernandópolis, Jales e Votuporanga.
Em Fernandópolis os furtos continuam liderando as ocorrências, foram 50 registros em setembro e em agosto foram 62. O mês com menor ocorrência foi janeiro, com 18 casos. Desde janeiro foram 241 prisões. Em julho foram 35 presos. Nos outros meses do ano foram em média 25 pessoas presas a cada trinta dias em Fernandópolis.
Foram instaurados 575 inquéritos policiais este ano, uma queda de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. O Capitão PM Wilson Cardoso Júnior, Comandante da Primeira Companhia de Policiamento em Fernandópolis informou que aumentou o contingente nas ruas através da Atividade Delegada e de outra iniciativa chamada DEJEM, que também é responsável pela alocação de policiais em horário de folga no reforço do policiamento.
“Tanto a ação preventiva quanto repressiva faz com que furtadores contumazes sejam tirados de circulação por um tempo considerável. Isso pode explicar parte dessa redução”. O comandante cita a colaboração da população, que vem denunciando, bem como dos órgãos de imprensa, que orientam a população e sempre estão dando destaques para a atuação da polícia na prisão de criminosos e apreensão de drogas.
“A agilidade do sistema 190, sanados alguns problemas iniciais, também tem uma parcela de responsabilidade nesse sucesso” explica Cardoso.
BÔNUS
O governo do Estado mudou o sistema de metas para pagamento de bônus a policiais. Foram excluídos os crimes de roubo em geral, que subiram da composição do cálculo das metas. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado.
Desde setembro 18,5 mil policiais civis, militares e da Polícia Técnico-Científica começaram a receber bônus pelas metas alcançadas na redução da criminalidade no primeiro trimestre de 2014. Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, os agentes recebem valores entre R$ 350 e R$ 400 pela redução dos crimes de homicídio e latrocínio (assalto seguido de morte) e roubo e furto de veículos.
O cálculo não leva em conta apenas dados globais sobre a criminalidade. A fórmula é composta por estatísticas do Estado, das regiões de atuação das polícias espalhadas pela capital, região metropolitana, litoral e interior,
além dos distritos policiais combinados com companhias
e batalhões da Polícia Militar de São Paulo.
Segundo o secretário, o aumento nas notificações de casos de roubo pode ser atribuído à criação da delegacia eletrônica. “Uma parte dos números (dos casos de roubo) acabou se mostrando em razão disso. O que afeta muito os indicadores, porque acaba representando uma subnotificação.”
Grella afirmou que, quando o programa de metas foi estabelecido, ainda não havia a constatação da subnotificação dos casos de roubo, crime que hoje pode ser registrado pela internet como alternativa à delegacia de polícia. “É questão de justiça e fazer com que o programa se consolide”, afirmou.
Jornal O Extra
