A vulnerabilidade da Escola Vitório Botaro não muda. Neste último fim de semana nossa equipe foi até a unidade e flagrou várias crianças brincando dentro da instituição. Após reportagens da Gazeta a prefeitura consertou o alambrado onde um homem teria entrado e assediado uma menina, mas as falhas na segurança continuam.
Nossa equipe vem acompanhando a situação de exposição de risco que as crianças da unidade sofrem. No alambrado em torno da entidade por diversos locais é possível ter acesso ao interior da escola. O alambrado é a única barreira antes de qualquer pessoa ter acesso às salas de aula.
Ao conversar com as crianças que estavam dentro da quadra brincando, elas indicaram para nossa equipe os locais por onde elas entraram. Por baixo da tela, em uma galeria de água, uma pessoa entra sem nenhuma dificuldade. Ao lado do motor do portão, outro buraco. Outras crianças afirmam que pulam o portão para entrar na escola.
Durante o tempo em que nossa equipe esteve na entidade ligamos para a Guarda Municipal para saber se há fiscalização no local. Um dos agentes disse por telefone que uma viatura já tinha ido ao local horas antes, retirado as crianças e que enviaria novamente a viatura para checar a situação.
Na semana passada nossa equipe mostrou que uma menina de apenas 10 anos relatou que o homem teria mostrado o órgão genital à criança. A menina então teria saído correndo e pedido ajuda, mas o autor não foi localizado até agora. O que chama a atenção é que nenhum boletim de ocorrência para tentar localizar o autor foi registrado.
“Esse caso foi apenas um assédio, mas e se acontecesse o que ocorreu no Rio de Janeiro onde uma pessoa entrou armado e matou dezenas de crianças. Escola é onde a gente acha que o nosso filho está seguro, mas infelizmente não é o que acontece aqui no Vitório”, disse a mãe de um aluno de 10 anos que prefere não ser identificada.
Nossa equipe entrou novamente em contato com a prefeitura de Potirendaba para saber se a segurança da escola Vitório Botaro seria reforçada ou se será construído algum muro em torno, mas até agora não obtivemos respostas. A Gazeta do Interior vai continuar acompanhando esse caso e cobrando soluções do poder público.
(Fotos: Alex Henrique/Gazeta do Interior)
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