A família Alcântara, de Sales, viveu momentos de desespero no final de semana. O que parecia ser confusão no meio de uma festa tornou-se pesadelo para a família de Angélica Alcântara, de 7 anos. A garota foi arremessada de brinquedo instalado no parque que funcionou durante a Festa do Peão de Sales.
A família da garota respirava mais aliviada ontem, após o médico chefe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Padre Albino de Catanduva, Antônio Carlos de Arruda Souto dar alta a Angélica.
“Ela respirou por aparelhos até as 15 horas de ontem (domingo). E hoje, ao meio dia, o médico a liberou para o quarto. Minha filha sofreu fraturas no rosto e quebrou o maxilar, então será analisada por outros médicos. Provavelmente passará por cirurgia”, contou à reportagem do Notícia da Manhã o pai da garota, Luiz Carlos de Alcântara.
O pai da menina relatou o susto pelo qual a família passou no final de semana.
“Eu não estava perto do brinquedo. Quando vi uma confusão, que parecia briga, me aproximei e vi que minha filha tinha sido arremessada do brinquedo”, contou.
Alcântara disse que não teve tempo nem mesmo de observar as condições do brinquedo, mas que a explicação para o acidente seria a abertura da trava de segurança do brinquedo.
Angélica foi socorrida ainda no local por equipe médica que permanecia de plantão na festa, de onde foi encaminhada ao hospital da cidade. Na seqüência, a menina foi transferida para o Hospital Padre Albino, em Catanduva, onde deverá permanecer por alguns dias.
O pai afirmou que ainda não pensou se irá tomar alguma providência contra a empresa que administra o parque. “Não deu tempo de pensar em nada. A única coisa que quero agora é cuidar da minha filha”, confessou.
Luiz contou que até a tarde de ontem nenhum representante do parque procurou a família para prestar apoio ou obter informações sobre o estado de saúde da criança.
Ministério Público de Urupês acompanha a investigação
O Ministério Público de Urupês acompanhará as investigações sobre o acidente ocorrido durante a Festa do Peão de Sales.
De acordo com o promotor público Luís Donizete Delmaschio, já foi solicitada a perícia do brinquedo do qual Angélica foi arremessada e a Polícia Civil de Sales começou a ouvir os envolvidos.
Delmaschio afirmou que o Ministério Público deverá ingressar com ação penal caso fique constatada negligência por parte dos proprietários do brinquedo ou do funcionário que operava a máquina. “Instruí o delegado que investiga o caso a verificar se o parque tem técnico especializado que vistorie o brinquedo”.
O promotor relatou que o caso não apenas chamou a atenção da imprensa nacional como do Ministério Público de São Paulo que entrou em contato com ele para obter detalhes das investigações.
Delmaschio explicou que a família de Angélica deverá se manifestar sobre um possível processo por lesão corporal ou ressarcimento contra a empresa que administra o parque.
