A Polícia Civil está investigando uma tentativa de sequestro de um menino autista de 6 anos em São José do Rio Preto (SP). O caso teria acontecido na escola municipal Antônio de Souza, no bairro Residencial Caetano.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pelo pai da criança, e contado nas redes sociais pelo avô, no dia 6 de abril, uma mulher desconhecida teria entrado na unidade escolar sem precisar se identificar e pegou o aluno.
Quando já estava no estacionamento, que fica na parte de fora da escola, a professora do menino gritou com a mulher, perguntando se era responsável pelo garoto. Ao perceber a situação, a suspeita soltou a mão do menor e fugiu. A mulher não foi identificada.
“A gente fica desesperado com o que pode acontecer com a criança”, disse o avô da criança.
Na mesma escola, no dia 25 de fevereiro, duas crianças saíram da unidade sem supervisão. Segundo a mãe de uma delas, que também registrou boletim de ocorrência, o filho de 6 anos e uma menina da mesma idade andaram por quatro quilômetros até chegarem em um projeto que participam.
De acordo com a mãe, a criança havia sido esquecida pela van e ainda se perdeu pelo caminho. Somente quando as duas crianças chegaram ao projeto, foi que a supervisora do local ligou para a escola contando sobre o que aconteceu, contou a mulher.
Ainda em relato, a mãe do menino contou que a diretora sabia do caso, porém não havia contado a ela com rapidez, apenas quando os dois já tinham sido achados.
“Eu tenho um sentimento de indignação. A gente deixa a melhor coisa da nossa vida, leva a criança, confiando que a escola vai fazer o melhor pelos filhos”, completou a mãe.
O que diz a secretaria da Educação
Em nota, a secretaria informou que “os procedimentos e padrões de segurança foram adotados e a unidade implantou um sistema de carteirinhas para aumentar ainda mais a segurança dos alunos”.
Além disso, informou que “a supervisão da unidade se reuniu com os gestores para orientações e a direção fez acolhimento com a família”.
Serviços das autoridades
O Delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Ricardo Afonso informou que os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil, a partir de câmeras e testemunhas, porém ele salientou que a escola, seja ela pública ou privada, precisa oferecer protocolos de segurança para liberar os alunos.
Já a Guarda Civil Municipal, que foi acionada no primeiro caso, informou que realiza um patrulhamento diário nas escolas, até como forma de segurança para os alunos e as unidades.