sexta, 1 de novembro de 2024
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Criança atingida por galho podre deixa UTI

O caminho da escola direto para um leito de hospital. Esta é a única lembrança de Leandro Luís Reis, 7 anos, que deixou a UTI do Hospital de Base ontem….

O caminho da escola direto para um leito de hospital. Esta é a única lembrança de Leandro Luís Reis, 7 anos, que deixou a UTI do Hospital de Base ontem. O menino, atingido pelo galho de uma árvore que despencou de uma altura de 7 metros, na tarde de segunda-feira, não se recorda do instante em que aguardava o transporte escolar na praça da Boa Vista junto com uma colega, também ferida. Muito menos do impacto sobre a cabeça e o resgate feito pelo Samu.

Sabe apenas ter acordado ontem de manhã em um quarto no Hospital de Base, já com o curativo na cabeça. Ele precisou passar por cirurgia para controle de sangramento no cérebro, causado por um traumatismo craniano. A mãe, Patrícia Carla Matioli, ainda está emocionada e diz que ficou em estado de choque quando soube do acidente. Ela estava trabalhando quando foi avisada, por volta das 17h30 de segunda-feira, que seu filho havia sido atingido por um galho. Quem avisou foi o motorista da perua escolar, responsável por levar a criança até em casa, no bairro Dom Lafayette.

Leandro havia saído da escola municipal Arlindo dos Santos e aguardava pelo transporte no cruzamento das ruas Campos Sales e São João quando foi atingido pelo galho de uma figueira, tomada por cupins, que também machucou a estudante Agatha Eduarda da Silva Nascimento, 9 anos. Ela sofreu ferimentos leves no ombro, mãos e braços e já voltou às aulas.

Para Patrícia, a falta de memória do filho trouxe alívio, já que evitou que o menino acordasse assustado. Quando Leandro acordou a mãe não estava por perto. Ele ainda estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas a mãe, assim que soube que o filho iria para o quarto, correu para vê-lo. “Liguei aqui de manhã e vim na mesma hora.” Ela afirma que insistiu com o garoto para que contasse detalhes do acidente, mas ele não se lembrou de nada. “Nem da professora.”

A mãe disse ter recebido boas notícias dos médicos, que informaram que Leandro não terá sequelas decorrentes do trauma. “Ele já se mexeu bastante desde que acordou. Estou aliviada.” A assessoria de imprensa do HB confirmou que o estudante se recupera bem da cirurgia e não corre mais risco de morte. Ainda não há previsão de alta médica, mas ele permanece em observação.

O acidente que feriu os dois estudantes forçou a Secretaria de Meio Ambiente a sair a campo para mapear as árvores da cidade. Em apenas dois dias, os técnicos já identificaram cinco árvores, incluindo a figueira que atingiu Leandro e Agatha. Todas são da mesma espécie, ficus elástica.

A que causou o acidente está com cupim e poderá ser cortada. Nas demais não foram encontradas pragas, mas foi detectada necessidade de poda urgente porque os galhos estão muito grande. O secretário, José Carlos de Lima Bueno, admitiu a falha por não haver, até então, um mapeamento e prometeu urgência na conclusão do levantamento da situação das espécies.

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