O crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país, em 2007 foi puxado principalmente pelo consumo das famílias brasileiras, que aumentou pelo quarto ano consecutivo, fechando 2007 com aumento de 6,5%. A informação foi divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Rebeca Palis, da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, isso foi uma conseqüência do aumento de 3,6% da massa salarial real dos trabalhadores, com o desconto da inflação, e do crescimento nominal (valor total em reais) de 28,8% do saldo de operações de créditos do sistema financeiro para pessoas físicas. A economista apontou ainda “a queda da taxa básica de juros, a Selic, e o aumento das importações, que favoreceram à concorrência de produtos”.
Os investimentos no país, que correspondem à chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), também contribuíram de forma significativa para o crescimento do PIB. Os investimentos registraram o maior crescimento desde 1996, início da série histórica do IBGE, com alta de 13,4%. Já a despesa do consumo da administração pública cresceu 3,1%.
A taxa acumulada dos impostos sobre produtos teve o maior aumento desde 1996, com alta de 9,1% na comparação entre 2007 e 2006. O Imposto de Importação registrou um crescimento de 23,6% na arrecadação, o IPI, 14,1%, o ICMS, 8,5% e outros impostos, 7,8%.
Segundo o IBGE, o setor agropecuário cresceu 5,3%, a indústria, 4,9%, com destaque para a indústria de transformação (especialmente máquinas e equipamentos, setor automotivo, material elétrico e material eletrônico) e o de serviços, 4,7%.
No quatro trimestre de 2007, o instituto apontou uma elevação do PIB de 1,6% na comparação com os três meses anteriores.