Com o objetivo de pactuar o fluxo de atendimento à mulher em situação de violência e visando a melhoria da qualidade do atendimento dessa demanda, o CREAS (Centro de Referência Especializado em Assistência Social), promoveu na manha do dia 29 de abril, nas dependências da Rede do Saber, o Encontro Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica Contra a Mulher.
Participaram do encontro a vice-prefeita de Jales, Marynilda Cavenaghi, Aline Tondine Salvador e Sueli Rosana da Silva, da equipe do CREAS de Referência ao Atendimento da Mulher Vítima de Violência, representantes das redes municipal e estadual de Educação, da Saúde, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, da Secretaria Municipal de Comunicação, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, UPA, Projeto SACRA, CRAS (Centro de Referência à Assistência Social), Casa de Apoio ao Migrante e SAE/CTA.
O encontro teve ainda o objetivo de conscientizar e mobilizar a opinião pública em torno do grave problema da violência praticada contra mulheres, com ênfase na prevenção e o enfrentamento dos casos, bem como colher informações acerca da demanda e da estrutura hoje existente em Jales para o atendimento de vítimas, na perspectiva de definir estratégias para o aperfeiçoamento e articular uma “rede de proteção” aos direitos, e capaz de fazer frente aos desafios de conscientização às vítimas que estão cada vez mais expostas em seu dia a dia.
Durante o encontro foram distribuídos materiais de orientação com temas sobre a Lei Maria da Penha; Apoio Social, Psicológico e Jurídico à Mulheres em Situação de Violência; CREAS; Não à Violência Doméstica e Familiar e explicado sobre o Ciclo da Violência, Tipos de Violência Contra a Mulher e o Fluxo de Atenção à Mulher em Situação de Violência.
Aline Tondine Salvador e Sueli Rosana da Silva disseram que ficaram felizes e satisfeitas com o resultado do encontro que “superou nossas expectativas em adesão dos participantes. Colocamos em pauta temas de relevância para a sociedade, principalmente para as mulheres que são vítimas de violência. Vamos debater como a sociedade lida com esse tipo de violência contra a mulher e queremos pactuar o fluxo da violência para que o trabalho seja ainda mais eficiente. Não podemos esquecer ainda que a união faz a força, afinal somos uma rede de proteção que pode fazer a diferença na vida de muitas mulheres vítimas de violência”.
A vice-prefeita Marynilda ressaltou a força da mulher na busca por seus direitos e por seus objetivos. “Precisamos, cada vez mais ser ouvidas e termos voz. Muitas mulheres precisam de ouvidos que as ouçam e façam alguma coisa por elas. Estamos aqui reunidos por essa causa. O trabalho preventivo é muito importante para conscientizar sobre a violência contra a mulher, porque assim, evitamos que no futuro próximo precisemos abrir casas de abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica ou de crianças vítimas de abandono”.
O encontro lembrou ainda que, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em todo o mundo 1 em cada 3 mulheres sofre violência. “Ao longo da vida, uma em cada três mulheres é submetida à violência física ou sexual por parte de seu parceiro ou violência sexual por parte de um não parceiro – um número que permaneceu praticamente inalterado na última década”, diz o estudo.
Para denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher basta ligar gratuitamente para o 180, a qualquer hora e nos 7 dias da semana.