sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Covid representa 10,3% de todas as mortes em Votuporanga no ano

Não é raro ver nas redes sociais comentários como: “agora só morre gente de Covid”, “eles colocam coronavírus em tudo”, “ninguém morre mais de infarto, acidentes, câncer, é só Covid”….

Não é raro ver nas redes sociais comentários como: “agora só morre gente de Covid”, “eles colocam coronavírus em tudo”, “ninguém morre mais de infarto, acidentes, câncer, é só Covid”. Dados levantados pelo jornal A Cidade junto ao Cartório de Registro Civil de Votuporanga, no entanto, revelam uma realidade bem diferente.

De acordo com o levantamento junto às certidões de óbitos no município, o número total de mortes na cidade este ano é basicamente igual ao do mesmo período no ano passado, com um ligeiro aumento de 11,5%, que, em números absolutos, corresponde a 55 mortes a mais, exatamente o número de vítimas da Covid-19 até o momento.

Enquanto em 2020 foram lavradas 532 certidões de óbito, nos sete primeiros meses de 2019 houve o registro oficial de 477 falecimentos. Ao todo, no ano passado, Votuporanga perdeu 789 moradores pelas mais variadas causas.

Causas de morte

Com os dados que o A Cidade teve acesso deste ano não foi possível, porém, delimitar os números por causa de morte na cidade. O último levantamento feito pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos) em 2018, no entanto, aponta que quatro grupos de causas se destacam em termos percentuais: doenças do aparelho circulatório (29%), neoplasias (18%), doenças do aparelho respiratório (14%) e causas externas (7%).
Já em 2020, com base nos números de óbitos e nos Boletins Epidemiológicos da Covid-19, é possível afirmar que o novo vírus já corresponde a 10,3% de todas as mortes que ocorreram até então.

Subdivisão

Em relação às mortes por coronavírus, 80% delas foram de pessoas com 60 anos ou mais. Nessa faixa etária morreram 28 homens (50,9%) e 17 mulheres (30,9%). Houve a morte também de uma mulher de 30 a 39 anos, dois homens de 40 a 49 anos e dois homens e cinco mulheres de 50 a 59 anos. Em 90,7% deles foi constatada alguma doença de base.

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