domingo, 24 de novembro de 2024
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Covid: enfermeira internada mesmo após ser vacinada recebe alta

A enfermeira de 31 anos que estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Fernandópolis em tratamento contra a covid-19, mesmo após receber duas doses da…

A enfermeira de 31 anos que estava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Fernandópolis em tratamento contra a covid-19, mesmo após receber duas doses da vacina, teve alta nesta quinta-feira (15). Segundo a instituição, ela evoluiu bem aos procedimentos e estava na enfermaria desde quarta-feira (14).

Na semana passada, a Vigilância Epidemiológica de Fernandópolis encaminhou ao Grupo de Vigilância da Secretaria de Estado da Saúde um relatório do caso da enfermeira de 31 anos, com comorbidades, que estava intubada na Santa Casa, mesmo após ter recebido as doses de vacina contra o coronavírus e ter passado o período de incubação.

Segundo a Secretaria de Saúde de Fernandópolis, no documento enviado ao Estado consta os dados pessoais da paciente, datas de quando ela tomou as doses da vacina, estado de saúde, entre outras informações.

A Santa Casa informou que a enfermeira trabalha na instituição, porém estava de férias desde o dia 1º de março. Por isso, o Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) afirmou que a profissional foi infectada pela covid-19 fora do trabalho.

A enfermeira recebeu as duas doses da vacina CoronaVac, fabricada pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, sendo que a primeira dose foi aplicada em 22 de janeiro, já a segunda foi ministrada em 12 de fevereiro. Considerando que a profissional desenvolveu os sintomas em março, quando a paciente adoeceu já havia passado o tempo de duas semanas de incubação, que é o tempo que o organismo leva para desenvolver anticorpos.

Na época, o sbtinterior.com entrou em contato com o Instituto Butantan a respeito do caso. Em nota, o Instituto respondeu que “é prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações pela covid-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores não relacionados à vacinação”.

Além disso, por conta de muitas dúvidas estarem circulando nas redes sociais, a reportagem conversou também com especialistas que reforçaram que não há motivo para desacreditar da eficácia do imunizante. O professor da Famerp e chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Base, Irineu Luís Maia, disse que as vacinas aprovadas, inclusive a CoronaVac, protegem contra o coronavírus.

“Nós sabemos que não existe vacina 100% protetora. As vacinas dão uma proteção principalmente para casos graves e mortalidade, mas elas não protegem totalmente. Então, casos graves poderiam acontecer, porém em uma porcentagem muito pequena”, afirma o médico.

O Instituto Butantan afirmou ainda que a CoronaVac é segura e durante os estudos demonstrou 100% de eficácia contra casos graves ou moderados. “A eficácia e a segurança da vacina foram comprovadas por meio de testes clínicos de fase 3 realizados com 12,5 mil voluntários em 16 centros de pesquisa brasileiros, e pela Anvisa”, disse a nota.

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