segunda, 18 de novembro de 2024
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Covid-19 mata 10 vezes mais do que dengue no Brasil em 2024

Apesar da melhora no quadro epidemiológico, com uma redução de 100 vezes na média semanal de óbitos em relação aos momentos mais críticos da pandemia, a Covid-19 ainda resulta em…

Apesar da melhora no quadro epidemiológico, com uma redução de 100 vezes na média semanal de óbitos em relação aos momentos mais críticos da pandemia, a Covid-19 ainda resulta em 10,8 vezes mais mortes no Brasil do que a dengue, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Conforme o acompanhamento até a sétima semana epidemiológica de 2024, encerrada em 17 de fevereiro, foram registrados 122 óbitos confirmados por dengue nesse período, com outros 456 em fase de investigação. Já em relação à Covid-19, foram contabilizadas 1.325 vítimas fatais.

André Ribas Freitas, professor de Epidemiologia na Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic, em Campinas, e doutor em Epidemiologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), destaca que ambas são doenças relevantes, porém têm impactos na saúde e abordagens de controle bastante distintas.

“A Covid-19 causa um número significativamente maior de mortes, sendo mais letal. Entretanto, a dengue resulta em uma maior demanda nos serviços de saúde devido aos sintomas mais evidentes. São enfermidades bastante diferentes”, conta.

Ainda assim, o cenário atual da Covid-19 não gera o mesmo nível de alerta observado em fases anteriores da pandemia – a Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, encerrou a Declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) relacionada à doença em maio do ano passado.

Com o avanço da maior campanha de vacinação já realizada globalmente, que já administrou mais de 13,5 bilhões de doses e atingiu 70,6% da população mundial com pelo menos uma dose, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, a taxa de mortalidade diminuiu consideravelmente.

No Brasil, atualmente a média é de 192 mortes por Covid-19 a cada 7 dias, conforme os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas. No mesmo período do ano anterior, esse número era de 448, o que representa um aumento de 57%.

Durante o pico da pandemia, em abril de 2021, quando a vacinação progredia lentamente no país, o Brasil chegou a registrar uma média de 19.731 óbitos por semana – mais de 100 vezes superior à taxa atual.

Para evitar um aumento nos casos graves, é fundamental manter medidas preventivas, como manter o esquema vacinal em dia. De acordo com o painel de imunização do Ministério da Saúde, apenas 19,7% da população elegível recebeu a dose bivalente da vacina, adaptada para a variante Ômicron e disponível nos postos de saúde.

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