sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Corregedoria investiga atitude de escrivão

A 5.ª Corregedoria Auxiliar de São José do Rio Preto investigará a conduta de um escrivão de polícia que levou para uma chácara uma estudante de 13 anos, que possivelmente…

A 5.ª Corregedoria Auxiliar de São José do Rio Preto investigará a conduta de um escrivão de polícia que levou para uma chácara uma estudante de 13 anos, que possivelmente desejaria fugir de casa.

A família da menor contou para a reportagem que no momento em que a polícia chegou na chácara para buscar a garota, o escrivão estaria de cueca, o que levantou a suspeita de que os dois tivessem mantido relação sexual.

A ocorrência foi registrada como comunicação de fato pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), sendo analisada pelo delegado titular da Delegacia Seccional de Votuporanga, Celso Reis Bento, que a encaminhou para o respectivo órgão de Rio Preto.

A família pediu que tanto os nomes dos pais quanto da jovem fossem preservados. O pai disse que por volta das 10h a filha, que estuda em uma escola particular da cidade, deixou a instituição de ensino. A jovem seguiu para a Rodovia Péricles Belini (SP-461), pois pretenderia fugir.
Ainda de acordo com ele, o escrivão que estaria com outro homem em seu veículo notou que a estudante pedia carona e atendeu a solicitação. Segundo Rossini, a jovem informou que pretenderia fugir de casa e viajaria até Ilha Solteira. O motivo seria que a menor teria discutido com os pais devido à baixa nota na escola. O escrivão, por sua vez, teria oferecido a chácara para que a jovem descansasse, para posteriormente retornar para sua casa.

O delegado João Donizete Rossini, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e que atualmente responde pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), contou que foi procurado pelos pais da jovem, que o comunicaram sobre o desaparecimento da menor. As investigações partiram de uma ligação que a jovem fez da chácara para uma amiga, que mora no Pozzobon. Quando os policiais e o Conselho Tutelar de Votuporanga chegaram na chácara, já no fim do dia, Rossini contou que a menor estava alterada, informando que não voltaria para casa. A jovem foi ouvida pelo delegado na DDM.
O presidente do Conselho Tutelar, Thiago Francisco, disse que acompanhou o caso até a localização da garota.

O delegado acrescentou que não tinha conhecimento da suspeita da família que recebeu informações de que o escrivão teria sido surpreendido somente de cueca na casa com a garota, mas ao conversar com a menor, a mesma teria dito que não manteve relações sexuais com o suspeito. A polícia solicitou um exame de corpo delito. O médico responsável contou à respectiva autoridade policial e para a família que não havia encontrado na jovem indícios que confirmassem que ela teria tido relações sexuais.

Rossini ainda destacou que caso fosse comprovada a relação sexual, o suspeito estaria preso, uma vez que a estudante é menor. Segundo o delegado, o escrivão poderá receber uma infração administrativa por não ter conduzido a jovem para a polícia ou para a família no momento em que a encontrou – caso for constatado o possível equívoco do profissional.

Rossini acrescentou que o computador da jovem seria apreendido para analisar os programas de bate-papo que ela estaria usando. Uma carta que possivelmente pode ter sido escrita pela menor, onde havia possíveis indícios de fuga e suicídio, também seria analisada pela polícia.
O pai contou que conforme o comportamento apresentado pela jovem suspeita que a filha pode ter feito o uso de drogas. No dia anterior ao ocorrido, o pai notou que a jovem também estaria alterada.

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