O corpo resgatado no mar por uma equipe da Força Aérea Brasileira (FAB), na tarde de quinta-feira, 26, é do piloto do avião que caiu com três pessoas a bordo, na noite anterior, na costa de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. A vítima, Gustavo Calçado Carneiro, de 27 anos, morava em Corumbá (MS) e, apesar de jovem, era considerada experiente. O reconhecimento foi feito pela mãe de Gustavo, Leila Carneiro, no Instituto Médico Legal (IML) do Rio. As buscas dos outros dois ocupantes do avião continuam nesta sexta-feira, 26.
Abalada com a tragédia, a mãe de Gustavo informou que o corpo deve ser cremado. Gustavo perdeu o pai em maio de 2020, após contrair a covid-19. A família reside em Corumbá desde que o piloto tinha cinco anos. Ele deixou a cidade sul-mato-grossense para cursar Ciências da Aeronáutica, fazendo então os cursos de aviação para se tornar piloto. A mãe revelou que o jovem era apaixonado pela aviação e tinha o sonho de ter uma empresa aeronáutica.
O avião bimotor saiu às 20h30 do Aeroporto dos Amarais, em Campinas, interior de São Paulo, e pousaria no Aeroporto de Jacarepaguá, zona oeste do Rio. A torre de controle do aeroporto de destino perdeu contato com a aeronave às 21h40. Familiares dos ocupantes mobilizaram bombeiros e Marinha para o início das buscas. O corpo foi encontrado no mar, entre Ubatuba e Paraty (RJ) e resgatado por um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB).
Além do piloto, estavam no avião o copiloto José Porfírio de Brito Junior, de 20 anos, e um tripulante identificado apenas como Sérgio. Segundo as informações de familiares, eles seriam amigos. O avião pertencia à família de José Porfírio e, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), estava em condições regulares, com autorização para voo noturno.