O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a morte da menina Lana Araújo Lopes, de 8 anos, que foi encontrada em um poço no Jardim Lucélia, Zona Sul de São Paulo.
A polícia aguarda a liberação do laudo do IML para ter mais elementos para a investigação, mas, segundo Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, havia sinais de estrangulamento e a principal dúvida está relacionada à data da morte da criança.
Isso porque, quando o corpo foi retirado de dentro do poço, apresentava sinais de rigidez. Ivalda suspeita que Lana tenha morrido em outro local.
Outro ponto que precisa ser esclarecido é a maneira como a menina foi morta. Isso será respondido quando o laudo sair, o que pode levar até 30 dias.
O corpo ainda não foi liberado para a família. A criança não tinha documentos e isso tem prejudicado o trabalho de identificação.
Entenda o caso
Lana Araújo Lopes estava desaparecida havia uma semana e era procurada pela família e a polícia.
Um vídeo mostra a última vez que Lana foi vista, no último dia 7, quando ela saiu de casa por volta das 19h30 e encontrou com um vizinho adolescente, de 13 anos. Os dois passaram pela câmera de segurança. Quarenta minutos depois, a mesma câmera gravou o adolescente voltando sozinho para casa.
Na delegacia, o adolescente deu pelo menos quatro versões para o caso e nenhuma foi comprovada pela polícia. Quando ele foi ouvido, o caso ainda era tratado como desaparecimento e ele voltou para casa. Ele deve ser chamado para depor mais uma vez.
A mãe do adolescente contou aos investigadores que ele tem problemas psicológicos e toma remédios controlados, mas não apresentou documentos que comprovem isso.
Lana morava com a mãe e oito irmãos. Vizinhos disseram que ela e o adolescente conversavam todos os dias pelas frestas de um muro improvisado.
Os vizinhos acreditam que a menina e o adolescente tenham caminhado cerca de 500 metros por dentro da comunidade até o poço. O trajeto tem partes íngremes, com vários obstáculos, como uma ponte improvisada.