sexta, 1 de novembro de 2024
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Corpo de jovem sequestrada por ex-sogra e namorada do ex é encontrado

Foi encontrado na noite de quinta-feira (23) o corpo de Jéssica Elias da Rosa, de 23 anos, desaparecida desde 20 de janeiro em Braço do Norte, no Sul de Santa…

Foi encontrado na noite de quinta-feira (23) o corpo de Jéssica Elias da Rosa, de 23 anos, desaparecida desde 20 de janeiro em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina. O caso até então era tratado como sequestro, que resultou nesta semana na prisão das duas principais suspeitas do crime: a ex-sogra da vítima e a atual namorada do ex-companheiro dela.

O corpo de Jéssica foi achado em uma área de mata isolada na cidade, segundo informou a delegada Jucinês Ferreira, que investiga o caso e que apontou as duas mulheres como mentoras do assassinato.

A polícia chegou até o local onde Jéssica foi enterrada após a prisão de um terceiro envolvido no caso: o atual companheiro da ex-sogra da vítima. Foi ele quem revelou o paradeiro do corpo.

Com o corpo encontrado, o trio passa a responder por sequestro e/ou cárcere privado; associação criminosa, homicídio qualificado, e ocultação de cadáver. O g1 não localizou a defesa dos três.

Com as prisões, a polícia busca identificar a dinâmica do crime a forma como Jéssica foi assassinada, assim como a cronologia do crime.

Motivação
A investigação detalha que Jéssica tinha um relacionamento conturbado com o ex-namorado, que está preso desde colocou fogo na casa dela. “A sogra aparentemente sente rancor por tal situação, vendo Jéssica como culpada”, disse.

Apesar de quase ter sido morta por ele, Jéssica ainda nutria sentimentos afetuosos pelo ex, revela a delegada.

A ex-sogra disse à polícia que Jéssica teria criado um perfil falso nas redes sociais em nome da atual companheira do ex. A intenção era aparentar que a mulher tinha outro relacionamento.

“Ambas as investigadas teriam este acerto de contas com a vítima por tal situação. Esse é o cenário”, pontuou.

Último contato com a família
Conforme a delegada, a vítima fez o último contato com a família em 22 de janeiro, já sob o controle das duas mulheres. Na ocasião, após insistentes ligações e tentativas de contato de familiares, ela mandou uma foto a eles. A selfie foi tirada na casa das suspeitas, apurou a investigação.

“Encaminhou uma foto extremamente abatida. Olhos inchados, acredita-se que após chorar muito. E ainda supõe-se que ela enviou por orientação das investigadas”, afirma.
Na mensagem, Jéssica dizia aos familiares que precisava sair da cidade, pois havia feito algo errado, de acordo com a polícia. “Daí se constrói uma série de artifícios para encobrir as suspeitas”.

“Inclusive, nesse mesmo dia, enquanto a vítima estava em poder delas, ambas [as suspeitas] vão até a casa dela e falam com a mãe de Jéssica, procurando por ela. Criam meios para evitar que sejam suspeitas”, reforçou a delegada.

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