sábado, 23 de novembro de 2024
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Coronavírus: clubes da Série A começam a acumular desfalques

Se até ano passado o torcedor costumava ver os times terem desfalques por lesão, suspensão ou convocação para a seleção brasileira, agora precisa se adaptar a um outro motivo de…

Se até ano passado o torcedor costumava ver os times terem desfalques por lesão, suspensão ou convocação para a seleção brasileira, agora precisa se adaptar a um outro motivo de ausência. A pandemia do novo coronavírus começou a mostrar o quanto será comum alguns jogadores precisarem ficar de fora das partidas. Somente nesta sétima rodada do Campeonato Brasileiro, três equipes e cinco atletas tiveram de encarar esse problema, que deverá ser cada vez mais comum.

Por uma determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), os jogadores precisam ser testados frequentemente para detectar se estão com a covid-19. Caso o exame seja positivo, o clube comunica a CBF. Um sistema de informações mostra dia a dia quais são os atletas contagiados. Quem estiver nessa condição, tem o nome barrado da inscrição para o jogo seguinte e terá de cumprir quarentena.

“Ter um jogador com (o exame) PCR positivo funciona como um cartão vermelho. Vai precisar ficar uns dias fora”, explicou ao Estadão o presidente da Comissão de Médicos da CBF, Jorge Pagura. A entidade buscou a consultoria da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) para elaborar o guia de cuidados com o torneio, além de ter conversado com mais de 140 médicos, incluindo profissionais dos clubes.

Apesar do Brasileirão ter enfrentado jogos cancelados por causa de surtos em alguns elencos, a avaliação interna na CBF e dentro dos clubes é bastante positiva. “Está sendo muito seguro disputar o Campeonato Brasileiro”, disse presidente da SBI, Clóvis Arns da Cunha. Pela estimativa dele, quase 20% dos jogadores da Série A já tiveram o novo coronavírus, se recuperaram e apresentam uma imunidade à doença. “Com o tempo, mais atletas vão ter contato com o vírus e aumentar essa quantidade de pessoas que apresentam anticorpos”, explicou.

Quem mais teve dificuldade na rodada foi o Vasco. A equipe carioca teve três zagueiros com testes positivos: o titular Ricardo Graça e os reservas Werley e Breno. Mesmo desfalcado, o time empatou por 2 a 2 contra o Santos, na Vila Belmiro. “Com todos esses desfalques, só tenho que falar da força do grupo. Saio do jogo muito satisfeito pela garra, entrega, espírito e atitude”, comentou o técnico Ramon Menezes.

O Vasco acumulou ainda outras baixas para a partida em Santos. Os atacantes Vinicius e Bruno Gomes testaram positivo na semana passada e precisam cumprir o período de isolamento antes de voltarem novamente às atividades. A recomendação da CBF e da junta médica da entidade tem sido por aguardar um período de 10 dias. Se não apresentar sintomas, o atleta poderá retornar.

Outro time carioca a ter sofrido com baixas foi o atual campeão, o Flamengo. O segundo goleiro do time, César, testou positivo para a doença e não viajou para enfrentar o Bahia, em Salvador. Para piorar, o titular Diego Alves ficou fora com uma lesão no ombro. A vaga ficou com a terceira opção da posição, Gabriel Batista. Apesar desses problemas, o Flamengo venceu por 5 a 3.

O Internacional perdeu o meia Rodrigo Lindoso antes do jogo contra o Palmeiras, no estádio Allianz Parque, em São Paulo. O jogador também testou positivo para a covid-19. O técnico argentino Eduardo Coudet só conseguiu escalar quatro titulares porque além de perder Lindoso tinha problemas com lesões e desgastes.

Ainda assim, a equipe por pouco não venceu. A partida acabou empatada por 1 a 1 porque a equipe gaúcha sofreu o empate no fim, com o gol de Luiz Adriano. “Estou contente porque mesmo com os problemas a equipe esteve à altura, fez um grande jogo. Sobretudo os jovens. Mas (os três pontos) nos escaparam por coisas que temos de corrigir”, comentou o argentino depois da partida.

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