O português Vítor Pereira irá estrear como técnico do Corinthians neste sábado (5), no Morumbi, diante do São Paulo, em partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Paulista. O primeiro compromisso do comandante à frente do Timão quebrará uma escrita de quase duas décadas: um treinador estrangeiro não trabalha no Alvinegro desde 2005. No total, outros 14 gringos estiveram à frente do time paulista.
O argentino Daniel Passarella foi técnico do Corinthians há 17 anos. O comandante chegou ao clube para substituir o demitido Tite. Passarella até conseguiu bons resultados no começo, mas desentendimentos com o elenco pesaram no trabalho do treinador, que foi demitido depois de uma goleada sofrida justamente para o São Paulo, por 5 a 1 no Pacaembu. O argentino comandou a equipe em apenas 15 jogos.
Neste século, o Alvinegro ainda teve outro técnico estrangeiro: o uruguaio Dario Pereyra, que durou apenas seis jogos à frente do Timão. O ex-zagueiro teve três derrotas, dois empates e apenas um triunfo na curta passagem pelo time paulista.
Nos primórdios, o Corinthians foi treinado por estrangeiros na época do amadorismo, sendo que o primeiro técnico da equipe foi justamente um dos fundadores do Timão: o italiano Rafael Perrone. O comando do então time de várzea passou pelas mãos de um português (Casemiro do Amaral) e de um espanhol (Casemiro González).
O futebol se tornou profissional em 1933. Nesses quase 90 anos, o Alvinegro teve dez treinadores que não nasceram no Brasil. Vítor Pereira, no entanto, não será o primeiro português no comando da equipe. Na década de 40, o clube foi treinado pelo luso Joreca, além de Antônio Pereira, que dividiu o comando do Alvinegro com o ídolo Neco na conquista do Paulista de 1937. O SBT Sports lista abaixo os técnicos estrangeiros da história do Corinthians.
Os técnicos estrangeiros da história do Timão:
Rafael Perrone – Itália | 1910/1911 (sem registro de quantidade de jogos),
Casemiro do Amaral – Portugal | 1912 (sem registro de quantidade de jogos),
Casemiro González – Espanha | 1912/1914 e 1916/1917 (sem registro de quantidade de jogos).
Virgílio Montarini – Itália | 76 jogos, 1929/1931.
Pedro Mazzulo – Uruguai | 31 jogos, 1933/1934.
Antônio Pereira – Portugal | 51 jogos, 1937.
Joseph Tiger – Argentina | 22 jogos, 1944.
Joreca – Portugal | 52 jogos, 1948/1949.
Jim Lopez – Argentina | 26 jogos, 1960.
Fleitas Solich – Paraguai | 70 jogos, 1962/1963.
Filpo Nuñez – Argentina | 34 jogos, 1976 e 1966.
Armando Renganeschi – Argentina | 21 jogos, 1978.
Dario Pereyra – Uruguai | 6 jogos, 2001.
Daniel Passarella – Argentina | 15 jogos, 2005
