O Corinthians oficializou nesta sexta-feira uma parceria com a IBM, responsável pela nova gestão do programa de sócio-torcedor do clube e também pela implementação de uma transformação tecnológica na arena.
A parceria terá duração de dez anos e a empresa norte-americana do setor de informática deve investir R$ 12 milhões em infraestrutura, que irá desde a instalação de novo cabeamento de fibra óptica, passando por sistema de biometria nas catracas, até a instalação de câmeras ao redor do gramado que medirão a performance individual dos atletas.
A ideia dessas câmeras é dar um retorno à comissão técnica sobre o rendimento de cada atleta. “Informar quanto ele correu, batimento cardíaco e o desgaste que teve na partida”, explicou Frank Koja, vice-presidente da IBM. “Usar a tecnologia para dar insights sobre o que está acontecendo. Usar os movimentos com câmera para proporcionar a comissão técnica performance individualizada e customizada”, prosseguiu.
As mudanças iniciais serão implementadas ao longo da próxima temporada, ainda sem prazo para dar retorno ao clube. Por enquanto, o sistema do Fiel Torcedor não deverá sofrer grandes alterações. Mas futuramente a ideia é trocar o cartão e torná-lo multiuso, incluindo um programa de pontos e integração com eventuais novos parceiros do Corinthians.
Na coletiva, também estiveram presentes os presidentes do Corinthians, Andrés Sanchez, e da IBM, Tonny Martins, e o diretor de marketing do clube, Luis Paulo Rosenberg. Os valores do novo acordo não foram detalhados.
NAMING RIGHTS – Rosenberg disse apenas que o Corinthians não terá gastos maiores do que tinha com a Omni, antiga gestora do programa sócio-torcedor. A diferença agora é que terá um parceiro que ajudará a melhorar toda a tecnologia do estádio, incluindo o serviço de wi-fi, por exemplo. Essa mudança, o diretor de marketing espera que ajude o clube a encontrar uma empresa para bancar o naming right.
“A atratividade para uma marca colocar o nome na arena sobe. Naming right é para que a empresa coloque em contato direto com o consumidor. A IBM lida com empresas, não tem cabimento mercadológico trabalhar essa ideia (de ser a empresa que colocará o naming right). A gente quer que ela traga tecnologia que permita facilitar a vida do consumidor. Assim, o naming right fica mais alavancado”, afirmou.
Em relação aos valores investidos pelo Corinthians, o dirigente não entrou muito em detalhes. “Foi um investimento inicial muito pesado. A ideia inicial é tornar a compra de ingresso, a entrada no estádio, a compra do hot-dog ágil e sem maiores problemas”, finalizou.