O volante Ramiro ainda não foi apresentado ao Corinthians porque faltava chegar a documentação do Grêmio. Os trâmites burocráticos foram resolvidos ao longo desta semana e a expectativa é que o jogador dê sua primeira entrevista coletiva como atleta do clube paulista nesta sexta-feira.
O jogador foi um achado da diretoria alvinegra e chegou sem custos por causa de um acordo do Grêmio com o empresário do volante, Giuliano Bertolucci. Em 2014, o time tricolor comprou Ramiro e o zagueiro Bressan com a ajuda do agente, que ficou com 50% dos direitos de cada um.
Ao informar que pretendia negociar Bressan ao Dallas, dos Estados Unidos, pelas cláusulas do contrato, o Grêmio teria que pagar a parte do empresário por Ramiro. Cada atleta custaria US$ 4 milhões (cerca de R$ 9 milhões na cotação da época) aos cofres do Grêmio.
O Corinthians aproveitou a situação e acertou com Ramiro sem qualquer custo. Mas agora a situação é a seguinte. O clube paulista pode recusar qualquer proposta que chegar pelo volante em 2019.
Mas a partir de janeiro de 2020, qualquer clube que oferecer US$ 3 milhões (cerca de R$ 12 milhões) pelo atleta, o Corinthians terá de decidir se optará por negociá-lo ou pagar esse valor ao empresário em troca de 70% dos direitos econômicos.
Qualquer quantia que ultrapasse os US$ 3 milhões, entra para os cofre do clube. Ramiro foi a quarta contratação na temporada sem custos para o Corinthians. A diretoria também conseguiu trazer Michel Macedo (Las Palmas), Gustavo Mosquito (Coritiba) e Mauro Boselli (León) sem ter de pagar pelos direitos federativos.
O Corinthians pagou por três jogadores para reforçar o elenco em 2019. Foram R$ 11 milhões pelo meia Sornoza, do Fluminense, R$ 8 milhões pelo Richard, também do time tricolor carioca, e R$ 2 milhões pelo atacante André Luis, da Ponte Preta.