sábado, 21 de setembro de 2024
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Coréia é responsável por 62% do comércio exterior da cidade

As exportações de Fernandópolis somaram US$ 3,5 milhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 11% em comparação às vendas do mesmo período do ano passado,…

As exportações de Fernandópolis somaram US$ 3,5 milhões no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 11% em comparação às vendas do mesmo período do ano passado, conforme dados divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

Cerca de 84% das exportações são do setor de couro de bovinos. O saldo também foi influenciado pela produção de insumos industriais, peças e acessórios de equipamentos de transporte. Do total exportado, US$2,2 milhões foram para a Coréia do Sul, representando 62,32% da produção de Fernandópolis.

No ano passado o país asiático foi responsável por US$1,8 milhão do faturamento da exportação na cidade, aumentando suas compras esse ano em 16%. A segunda maior parcela das exportações de Fernandópolis continua sendo para a Angola, que reduziu 52% as compras no mercado local.

Este ano foram US$366 mil, e no ano passado foram US$ 758 mil. O complemento do saldo das exportações foi resultado ainda dos negócios com a Espanha,China, Namíbia, Uruguai, Itália, África do sul, Portugal, Hong Kong, Paraguai, Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Bolívia.

COURO

Segundo dados do MDIC quem garante o bom desempenho das exportações em Fernandópolis é o curtume Courus Premium, que oferece cerca de 80 empregos na cidade no Parque das Nações. O empresário Clacir Colassiol, dono da indústria, explica que metade da produção é exportada e a maior parte disso vai para a Coréia do Sul, onde o couro é usado para a fabricação de bolsas e calçados.

A Couros Premium é uma empresa com 30 anos de experiência no mercado de acabamentos em couro. Segundo Colassiol o couro é comprado em diferentes regiões do Brasil, transformado em Fernandópolis e vendido para vários estados e também para o exterior. Além da Coréia do Sul, os negócios também são feitos para a China, Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos e Canadá

Os negócios do curtume são responsáveis pelo crescimento do valor agregado das exportações na cidade e o resultado da venda de couro semi-acabado e acabado cresceu 24% no primeiro semestre desse ano em relação ao mesmo período do ano passado. Com a diversificação dos acabamentos especializados, o curtume atende ao mercado nacional e no exterior em três diferentes segmentos: estofamentos, calçados e artefatos.

Colassiol ressalta que os negócios fechados com parceiros no exterior foram responsáveis pelo bom desempenho nas vendas, mas o empresário também destaca os negócios feitos no Brasil, já que tem representantes nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. “O atendimento é feito pela nossa equipe de representantes internos. Com localização em Fernandópolis, temos o privilégio de estar no caminho de uma das principais rotas de distribuição. Nossa logística tem as melhores transportadoras para garantir o transporte das mercadorias e nossa equipe de vendas e de representação, conta com profissionais qualificados e preparados para gerenciar e entender as necessidades de nossos clientes, além de prestar um excelente atendimento e suporte pós venda”, destaca o empresário.

VARIAÇÕES

Além de couro e peles de bovinos e búfalos, também tiveram representatividade nas exportações da cidade a produção de móveis de metal, móveis de madeira para quartos de dormir, assento para veículos automóveis, além de silenciosos e tubos de escape para tratores e outros veículos automotores.

Em compensação houve queda de 51% na venda de móveis de metal, 20% dos móveis de madeira e 81% da venda dos assentos automotivos, por conta disso, no acumulado as exportações de Fernandópolis cresceram 11% até o mês de junho por conta dessas variações.

Outros 32 itens, que foram exportados de Fernandópolis no ano passado deixaram de aparecer na balança comercial apresentada pelo Ministério, tais como laminadores, farinhas, condimentos e temperos, fécula de mandioca e café.

Tatiana Brandini-Jornal O Extra

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