Um dispositivo vai ajudar os bebês e as crianças que estão na fila para receber novo coração. Com o aparelho, as chances de vida aumentam durante o período de espera pelo transplante. Chamado de coração artificial pediátrico, ele foi desenvolvido pelo Incor, Instituto do Coração, de São Paulo. A expectativa é que o dispositivo possa ser usado a partir do próximo semestre.
Agora, estão sendo feitos os protocolos e a preparação da equipe para implantar o coração artificial em crianças. O coração artificial pediátrico bombeia o sangue por meio de cânulas que são colocadas dentro do peito da criança.
A diretora do Centro de Tecnologia Biomédica do Incor, Idágene Cestari, ressalta que o aparelho melhora a condição de saúde do paciente que aguarda um transplante.
A Associação Pequenos Corações, presta assistência a meninas e meninos cardiopatas. A coordenadora da associação em Brasília, Janaína Souto, concorda que o coração artificial vai melhorar a qualidade de vida de muitas crianças.
A criança pode usar o coração artificial por semanas ou meses, dependendo da necessidade. Segundo o Incor, o dispositivo vai ser disponibilizado para os pacientes da rede pública de saúde.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatra indicam que, em cada mil bebês nascidos vivos, dez podem apresentar malformações congênitas e, desses, dois têm cardiopatias graves. Segundo a Associação Pequenos Corações, esse número é crescente. Mais casos de doenças cardíacas estão sendo detectadas desde o ano passado, quando o teste do coraçãozinho para recém-nascidos se tornou obrigatório em todo o país.