O comércio brasileiro registra um otimismo com a chegada da Copa do Mundo, da Black Friday – última sexta-feira do mês em que promoções são anunciadas – e ao Natal.
A expectativa é corroborada pelo empresário Pierre Esfera, que tem uma loja na região central da capital paulista e já nota uma movimentação acima do habitual devido às datas. “Estamos vendendo itens da Copa do Mundo direto, sem parar. Todo dia tem alguém comprando e se preparando [para o início do evento esportivo”, disse. Pela primeira vez na história, a Copa acontecerá entre os meses de novembro e dezembro. “Nesse período, no mês da Copa, normalmente aumenta de 30% a 40% o faturamento do mês. Nos estamos apostando nisso, de 20% a 30% de aumento no período da Copa”, afirmou Pierre.
A expectativa em relação ao comércio e o impacto da Copa do Mundo na economia, segundo informações do Confederação Nacional do Comércio, é de que as vendas injetem um capital de quase R$ 1.5 bilhão na economia até o início do mundial, em 20 de novembro. Com móveis e eletrodomésticos, os gastos devem atingir os R$ 535 milhões e, com itens eletroeletrônicos, os R$ 332 milhões. O economista do órgão destaca que os meses de novembro e dezembro são os de maior “aquecimento” para o comércio, de acordo com Fábio Bentes.
“Ele coincide com alguns fatores: a principal data comemorativa, o Natal; a data comemorativa que mais cresce no varejo ao longo da última década, a Black Friday; e nesse ano, especificamente, teremos a Copa do Mundo”, explica Bentes. Outro ramo que tem projeção favorável é o supermercadista, que deve apresentar uma alta de 4,8% nas vendas, descontada a inflação. A previsão da CNC é de que haja uma ampliação em 2,1% nas vendas do comércio varejista no final de ano.
O mundial do Catar deve impulsionar os números, já que em setembro, quando faltava, ainda, dois meses para a competição, já houve um aumento de 6,7% nas pesquisas por smart TVs em lojas online em comparação com agosto.