O Coordenador-Geral da Saúde de Fernandópolis, André Losano, foi destituído de suas principais atribuições e rebaixado para novas funções dentro da Secretaria Municipal. O cargo, considerado o segundo mais importante da pasta, logo abaixo do secretário, foi esvaziado, em uma mudança que fontes internas ligam a supostos atritos internos.
Losano, que integra o corpo docente da Universidade Brasil, é o mesmo servidor que, recentemente, esteve no centro de uma polêmica: o suposto desvio de canetas de insulina da Farmácia Municipal para a finalização de um projeto acadêmico de sua autoria.
O servidor teria usado os insumos públicos para a tese que defendia na Universidade Brasil. Essa e outras “situações adversas” teriam culminado na perda de seus poderes e no rebaixamento para funções de menor relevância dentro da estrutura da Saúde. Outra servidora comissionada, que também ganhou destaque na gestão, teve destino semelhante recentemente.
Síndrome do “Pequeno Poder”
Para pessoas ligadas à administração municipal, o caso de Losano não é isolado e expõe a chamada “síndrome do pequeno poder”, que estaria contaminando vários servidores em cargos comissionados, especialmente aqueles mais próximos ao prefeito João Paulo Cantarella.
O problema seria mais evidente entre indivíduos oriundos da campanha eleitoral — os chamados “candidatos a vereadores remanescentes do PL” — e outros membros do secretariado. Fontes indicam que essa postura tem gerado desgastes internos, prejudicando o clima administrativo e a gestão do prefeito Cantarella.
