Os controladores de vôo deixaram a reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na manhã desta terça-feira, 3, preocupados com a postura do governo de recuar na decisão de negociar com a categoria. O ministro negou a anistia dos participantes do motim que paralisou os aeroportos do País na sexta-feira, 30. Segundo um desses controladores, há apreensão muito grande por parte deles em função do clima da reunião de negociação e temem que sejam determinadas prisões.
Advertiram no entanto, que esse clima gerado atrapalha o bom andamento dos trabalhos nos centros de controle, alegando que o pessoal não tem condição de se concentrar no trabalho do controle do tráfego aéreo sob tensão. “Não vamos conseguir nos concentrar no trabalho e isso é muito perigoso. Há uma forte pressão psicológica”, afirmou um controlador.
Por sua vez, o ex-presidente da Associação dos Controladores de Vôo do Brasil, Ulisses Fontenele, disse que os controladores só vão se pronunciar depois da conversa com o ministro Paulo Bernardo, que esperam que sejam retomada agora a tarde, depois que ele retornar do Palácio do Planalto. “Esperamos voltar a conversar com ele ainda hoje”, disse Fontenelle.