O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (18) que continuará sendo um “leal adversário” do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), “naquilo que é ruim para o Brasil”. O deputado afirmou que espera novos ataques do chefe do Executivo e de aliados, porque vai continuar na defesa da democracia e contra a agenda de costumes que elegeu o governo.
“Continuarei no mesmo lugar que sempre estive: do lado da democracia, contra a agenda de costumes que divide o Brasil, radicaliza o Brasil e gera ódio entre as pessoas. E como essa é a agenda do presidente, continuarei sendo um leal adversário do presidente naquilo que é ruim para o Brasil. E serei aliado do governo, não do presidente, nas pautas que modernizam o estado brasileiro”, disse durante pronunciamento em plenário.
O discurso foi motivado após Bolsonaro afirmar, na noite de quinta-feira (17), que não houve pagamento da 13ª parcela do Bolsa Família neste ano “porque o presidente da Câmara deixou MP caducar”. E sugeriu que a população “cobrasse” o deputado. Em resposta, Maia chamou o presidente de “mentiroso” e disse que o chefe do Executivo “não tem coragem” de exercer a economia liberal que defende.
“[Esse tipo de ataque] é uma articulação conjunta para desqualificar e desmoralizar a imagem dos adversários do presidente da República, Mas hoje o [ministro da Economia] Paulo Guedes confirmou que o presidente é mentiroso, quando disse que não há recursos para o pagamento do 13º do Bolsa Família”, completou.