


As famílias de Fernandópolis devem movimentar cerca de R$ 3,6 bilhões em consumo ao longo de 2025. Esse valor representa um aumento real de 5,8% em comparação com o ano anterior, superando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e indicando um cenário de otimismo para a economia local.

Os dados são do levantamento IPC Maps – Índice de Potencial de Consumo -, que há cerca de 30 anos calcula índices de consumo nacional com base em fontes oficiais. Apesar das taxas de juros elevadas e da inflação, a melhoria nos níveis de emprego com carteira assinada é apontada como um dos principais fatores para esse crescimento, garantindo maior renda ao trabalhador e, consequentemente, impulsionando os valores de consumo. A afirmação é de Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa.
Cenário Econômico e Crescimento Empresarial
No cenário econômico geral, Fernandópolis acompanhou o desempenho do PIB. O número de empresas na cidade cresceu 2,4% em 2025, passando de 11.311 em 2024 para 11.588 este ano.
O setor de Serviços se destacou com um crescimento de 5,4%, totalizando 5.360 empresas em operação. O Agronegócio também apresentou bom desempenho, com aumento de 4,9% e 2.233 empresas.

Por outro lado, o Comércio registrou uma oscilação negativa de 0,1%, e a Indústria teve o pior desempenho, com uma queda de 3,7%, passando de 1.412 empresas em 2024 para 1.359 este ano.
Perfil do Consumidor e Habitação
Fernandópolis conta com uma população de 73.569 cidadãos, sendo 71.212 moradores da área urbana, que respondem por um consumo per capita de R$ 48,8 mil. Já a população rural, composta por 2.357 pessoas, apresenta um consumo per capita de R$ 52,7 mil. Esses números são baseados no Censo de 2022 e nas estimativas populacionais do IBGE para o Brasil, atualizadas no segundo semestre de 2024.
A classe B continua liderando o panorama econômico da cidade, representando cerca de R$ 1,4 bilhão do consumo total, o que corresponde a 40% de tudo o que será gasto pelas famílias fernandopolenses. A classe C, que abrange mais da metade das residências (52,3%), tem um consumo estimado em R$ 1,3 bilhão.
Apesar de representar uma fatia menor das famílias (apenas 2,9% do total de domicílios), a classe A tem ganhado espaço, ampliando sua movimentação para quase R$ 1 bilhão (14,6% do total). O número de domicílios nesta categoria saltou de 505 em 2024 para 807 este ano. Por fim, as classes D/E, que representam 19,3% dos domicílios (5.317), possuem um potencial de consumo de R$ 241 milhões
Hábitos de Consumo
As preferências dos consumidores fernandopolenses continuam concentradas em habitação, com gastos previstos de R$ 983,9 milhões. Os cuidados com veículo próprio aparecem como o segundo maior gasto do orçamento familiar, com despesas que devem somar R$ 381,8 milhões. A alimentação em domicílio deve movimentar R$ 294,7 milhões.
