domingo, 22 de setembro de 2024
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Consumo de energia aumenta no Brasil mesmo com horário de verão

O consumo de energia elétrica aumentou no Brasil mesmo com o horário de verão e com a queda da produção industrial. Firme e forte, o sol continua esquentando a cabeça…

O consumo de energia elétrica aumentou no Brasil mesmo com o horário de verão e com a queda da produção industrial.
Firme e forte, o sol continua esquentando a cabeça de muita gente. São Paulo teve mais um dia de temperatura alta. Vale tudo para se esconder dele. Até na sombra de um poste.

“Muito quente. Qualquer sombrinha tem que aproveitar”, afirma uma mulher.
Com esse calor, quem pode está botando ar condicionado em casa, porque está muito difícil de aguentar. Em um apartamento moram três pessoas. A dona de casa está grávida. E ela jogou a toalha: comprou, de uma vez só, três aparelhos de ar condicionado. Botou um no quarto, outro na sala e um outro na varanda, que é fechada. Ficou mais suave? Claro que ficou. Agora, o que não vai ficar nada suave é a conta de luz.

“A vantagem é você pode dormir, descansar e aí vale o preço mesmo”, disse o empresário Ricardo Komatsu.
Quem mais consome energia elétrica no Brasil são as indústrias. Mas como a economia desacelerou, o setor foi o único que reduziu o consumo. Já os consumidores residenciais aumentaram em quase 6% a conta de luz. E o comércio, liderou a alta: 7,7%.

O especialista em energia Fernando Camargo lembra que o horário de pico mudou no Brasil: era no começo da noite na década passada, mas hoje é no começo da tarde. Segundo ele, é por isso que a gente viveu um apagão mesmo com o horário de verão.

“Horário de verão, por exemplo, que trabalha nas pontas, você corta às 18h o uso de energia porque você posterga pras 19h. Não tende a contribuir para esse fenômeno porque o pico tem acontecido às 14h e não tem o que fazer as 14h do ponto de vista de mudanças no horário”, explica sócio da LCA consultores Fernando Camargo.

O especialista Ricardo Savoia lembra que o nível dos reservatórios está muito baixo, pior do que em 2001, quando o Brasil viveu um apagão.

“Se a situação não vier em chuvas, dentro desse período úmido, em janeiro, a previsão está bem aquém da necessidade. E se essa situação de hoje perpetuar pelos próximos três meses, quatro meses, basicamente a gente está na iminência de se decretar um racionamento ao longo de 2015”, afirma o diretor da Thymos Energia Ricardo Savoia.

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